quarta-feira, 30 de junho de 2010

Irónico, no mínimo.

O 24horas ontem esgotou da parte da manhã. Última edição, esgotada. Consegui comprar um por milagre. Tinha a primeira página rasgada, comprei-o na mesma.
Várias pessoas me elogiaram a fotografia que acompanhava o texto que tive a honra de escrever para a última edição, um texto de despedida, um texto pessoal, de quem por lá passou e agora trabalha noutro órgão de comunicação. Era suposto ser ao contrário, a foto é o menos importante. São sempre as palavras que contam, a intenção.
Vou guardar esta edição com carinho, o mesmo com que guardo a primeira onde assinei um texto.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Um dia vou perceber...

...porque é que o primeiro dia de trabalho após as férias custa tanto. Mais um café para a mesa do canto, por favor.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Sr. Professor...

"vestimos o fato de macaco mas saímos de smoking"???????

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Obrigada a todos. Vemo-nos por aí.

Lembro-me perfeitamente do meu primeiro dia de trabalho aí. Fui recebida com olhares de estranheza e simpatia. Em poucas horas estava a almoçar numa mesa cheia de gente e nas pausas para o cigarro vários colegas e editores meteram conversa comigo. Entre perguntas e dicas, todos remataram a conversa com um "se precisares de ajuda não tenhas problemas em pedir-me".
A sala era enorme, dividida por "ilhas" e apesar de todos estarem ocupados, a cada vez que levantava a cabeça alguém cruzava o olhar comigo e sorria. Para mim, que estava habituada a uma redacção pequena, aquela sala, a que ocupa um andar de um prédio inteiro, era assustadora.
Logo no primeiro dia, vi caras que já conhecia. O Marco, a Fernanda, a Xana. E se já gostava deles, naqueles dias de trabalho, muitos deles sob uma pressão a que não estava habituada, entraram-me no coração. Foi com eles que aprendi quase tudo o que sei agora. Porque me deram na cabeça a cada vez que errei, mas explicaram-me o porquê. Porque me deram palmadinhas nas costas a cada vez que brilhei. Porque nunca me trataram como uma estagiária. Porque apostaram em mim para artigos para os quais possivelmente ainda não teria bagagem profissional. No 24horas tive a oportunidade de assinar artigos na secção de social, escrevi para o desporto, para o nacional. Nunca havia rotina, era com um sorriso que ia trabalhar. Sabia que a qualquer instante podia estar a fazer uma coisa que nunca tinha feito antes e isso enchia-me de garra.
O Ricardo, apesar de estar sempre ocupado com trinta mil coisas, nunca me deixou sentir desamparada. Lembro-me de que nos primeiros tempos era com frequência que me perguntava, sempre com aquele sorriso que lhe é típico:"Está tudo a correr bem? Precisas de alguma coisa?". São estas coisas que marcam a diferença entre locais de trabalho, redacções neste caso. E foi o Ricardo a pessoa, que sem me conhecer de lado nenhum, sem provas dadas, me deu a oportunidade que eu precisava na altura. E, por mais anos que passem, nunca vou poder agradecer-lhe devidamente. Mais uma vez, Obrigada! Espero nunca te ter desiludido.
Já passei por várias redacções e nunca, nunca, tinha encontrado uma ambiente assim. Saudável, sem competições parvas, de ajuda, de cumplicidade. E este ambiente começava na redacção e estendia-se prédio fora, aos seguranças que tantas vezes às 4 da manhã me foram ligar as luzes porque sabiam que eu não gostava de subir para a sala às escuras sozinha, ao Sr. Andrade que tantas secas apanhou quando precisei de motorista para algum serviço, às senhoras da limpeza com quem me cruzei várias vezes, aos fotógrafos que sempre me trataram bem e me enturmaram.
Sei, com alguma tristeza, que nunca mais vou trabalhar num ambiente assim. Sabia-o no dia em que me fui embora do 24horas e sei-o hoje.
O fecho de um jornal é sempre visto pelos que nele trabalham, e pelos de fora mas que conhecem a área, como um golpe baixo. Apesar de não se ser apanhado de surpresa, a incerteza e o receio em relação ao futuro tem um peso brutal. São muitas pessoas, muitas famílias. Pessoas que trabalham ali há um par de anos, pessoas que lá trabalham há uma década. Jornalistas que vão ter dificuldade em arranjar emprego, não por serem maus, por serem bons demais. E isso é caro, claro.
E hoje queria poder dar-vos um abraço. Patrícia, Vânia, Sofia, Ana, Xana, Mira, Ricardo, André, Vanessa, Benny, Dília, Baião, Filomena, Gerardo, "miúdos do desporto"...e a todos os outros, que fizeram desta redacção um círculo de amigos mesmo nos dias mais complicados, a todos, um beijo, um abraço. No futuro vamos rir disto, com saudade, com alívio, com nostalgia. Obrigada a todos. Força! Tenho a certeza que nos vamos cruzar em breve por aí, de gravador na mão.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Autch!

Fim-de-semana na terrinha: um casamento, um concerto, duas bebedeiras e um jogo de futebol. Mazelas: um esfolão num braço, uma nódoa negra numa perna, um galo na cabeça e um fígado a precisar de ser substituído.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Ai sim? Então porquê?




A Soraia Chaves quer ser minha amiga no Facebook. Vocês decidem, aceito-a ou não?

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Uma tarde o Saramago disse-me...

No ano em que ganhou o Prémio Nobel, ainda eu andava no liceu, Saramago veio passar uma semana a casa de uma família amiga, comunistas e donos de meia cidade, na qual vivi até aos 17 anos, de cujo filho eu era colega de turma. Depois de muito insistirmos em ver o homem com os nossos próprios olhos, e de Saramago ter aceite aturar-nos, lá fomos a casa do meu amigo. Recordo-me de o ver sentado num dos cantos da sala, numa poltrona. Olhou-nos primeiro pelo canto do olho e rasgou de seguida um sorriso. "Então o que é que estes meninos querem afinal de um velho como eu?", perguntou-nos. E foi uma tarde maravilhosa, de conversa, de conselhos, de estórias. Disse-me entre goles de chá: "A vida muitas vezes tem a mania de nos contrariar as vontades, mas a preserverança alimenta-nos os sonhos, pelo menos serve de degrau". Nunca esqueci esta frase, e nunca vou esquecer aquela tarde.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Mais uma pérola, sim senhora

Um rapaz da TVCabo ligou-me a tentar vender-me mais um serviço e decidiu, para confirmar que estava a falar com a pessoa certa, cantarolar o meu nome inteiro com pronúncia italiana. Porra, eu sei que tenho um nome pomposo, mas não é preciso tanto. Depois pediu-me desculpa pela "entrada" e lamentou-se que estava a trabalhar há "muitas horas". Enfim...

terça-feira, 15 de junho de 2010

Estava aqui descansadinha...

...até me lembrar que amanhã vou ser interrogada pela Polícia Judiciária de Cascais de onde vou sair, muito provavelmente, arguida, com termo de identidade e residência. Pronto, era só isto.

Sou muito pouco gaja em algumas coisas

Tenho um casamento Sábado e ainda nem pensei no que vestir. Vou ao cabeleireiro apenas três vezes por ano. Não me arrasto pelas lojas e não tenho paciência para experimentar roupas. Sou eu que arranjo as mãos e os pés. Realmente, sou muito pouco gaja em certas coisas.

Que faço?



Leio um livro ou vejo um filme? Isto de estar de férias e ficar por casa não está com nada...

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Estou de olho em vocês.


Sem papas na língua disse #7

"Um dia ainda vou perceber como é que depois de dançares uma noite inteira na multidão, a fumares e a beberes, numa noite quente, às sete de manhã ainda cheiras tão bem."

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Há dias que penso realmente nisto.

Posso pedir dupla nacionalidade e mais tarde naturalizar-me, não posso? O pai da Pipoca não é tuga, quais as minhas hipóteses?
Hoje, após passar o dia inteiro em Faro, nas cerimónias comemorativas, de ver e ouvir tanto disparate, dei por mim a pensar a sério neste assunto. Principalmente depois da entrevista ao Sócrates.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

terça-feira, 8 de junho de 2010

A sério?

550 seguidores? Mas há assim tanta gente com pachorra para as minhas parvoíces?

segunda-feira, 7 de junho de 2010

E depois andam por aí a dizer que não há homens bonitos em Portugal




Enquanto vocês dormem que nem uns anjinhos...

...eu estou aqui acordada, movida a cafés,a trabalhar noite dentro. E escrever sobre pessoas e futebol a uma hora destas não é fácil. Really...
Vá, durmam meus xuxuzinhos...

sábado, 5 de junho de 2010

Pessoal Algarvio, bora lá?

E quando achamos que o fim do dia vai ser um treta, mandam-nos ir ver estes meninos. Eu já tinha dito aqui que é uma daquelas músicas. Adoro. Se eles não tocarem esta faço um escândalo. Pessoal de Tavira, bora lá beber um copo com a Pipoca?

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Saí à pressa...

Houve um dia que te quis. Houve uma noite em que te apertei no peito. Houve horas em que me atravessaste a mente. Houve dias em que me tentei convencer, à força de querer sentir, que não eras um capricho.
Houve um momento em que te olhei para o fundo dos olhos, para ver se estava no teu castanho profundo, sombrio. E vi-me lá, numa imagem meio tremida. Saí à pressa, mesmo sabendo que não eras um capricho, mesmo sabendo que estava no castanho dos teus olhos, mesmo que numa imagem meio tremida, num castanho sombrio. Saí à pressa, eu sei.

terça-feira, 1 de junho de 2010

A propósito do post anterior...

Isildinha, és uma desilusão. Alguém com o teu poder de crítica em relação a termos de beleza não pode ter esta aparência...e adoras cheirar gasolina...
Obrigada pela pérola , Pinkk Candy.

Ai Isilda, que faço eu contigo?

A Isilda tem um bogue. Ninguém conhece o blogue da Isilda, ninguém o comenta. A Isilda enche o blogue com patetices. A Isilda dá erros de português, não sabe usar vírgulas e a seguir a usar dois pontos inicia a primeira palavra com capitulares. A Isilda quase não escreve posts, mete fotos com frases feitas que recebe por mail dos amigos. A Isilda rouba ideias de posts e rubricas noutros blogues. A Isilda escreve mal, usa uma linguagem muito teen e tem um mau gosto sem adjectivo. A Isilda pode ter o blogue que quiser, como ela mesmo diz: é a dona. O que a Isilda não devia fazer, contando as características do blogue do qual é dona, é fazer análises parvinhas à blogosfera. Pode gostar ou não de certos blogues, mas ao fazer uma lista dos piores blogues de sempre, tem que saber do que está a falar, não pode dar erros, nem cometer os pecados que tanto a enervam.
Isilda, querida, não me chateia nada que consideres o meu blogue como um dos piores de sempre e que me atribuas o pecado Avareza. Mas se foi por esta mensagem, não percebo. Ah, já sei, tu não sabes o que é avareza. A Pipoca, do cimo dos seus saltos altos, explica: Avareza em relação a comportamento social é o medo de perder algo que possui. Uma pessoa avarenta tem dificuldade em partilhar bens, pagar cafés, mesmo que receba algo em troca. É aquilo a que chamamos sovina, percebes querida?
Se estivermos a falar de religião: No cristianismo, o pecado capital avareza não tem o significado real de avareza. Na verdade é a ganância, que foi traduzido de forma errada para o português como avareza. Uma pessoa avarante, acha que tudo e todos querem seus valores materiais ou financeiros, nada é verdadeiro tudo é interesse em suas posses.
Bem, Isilda, se sou avarante por num post me ter oferecido para partilhar ideias, sem pedir nada em troca...não sou gananciosa, sou?
Os blogues que a Isilda considera os piores (alguns nem conhecia, vou já lá ver porque se a Isilda não gosta eu sou menina para me render, eu que adoro pecadores) são blogues que têm muitas visitas diárias, muitos comentários o que os torna populares. Não sofrerás tu, Isilda, de Inveja? Isso não é pecado? Vai comer um hóstia, eu espero. Voltaste? Continuemos então...

Na lista da Isilda como piores blogues estão:
O Pipoco Mais Salgado - porquê? segundo a Isilda o Pipoco (que eu tanto gosto) tem a mania de que é o "rei do humor". E anda armado numa coisa que eu (burra que sou) não sei o que é - gato fudurento. O que é um fudurento? Avaliado pelo carácter, provavelmente a Isilda conhece-o deste pequena, atribui-lhe como pecado ser orgulhoso.

em segundo lugar estou eu: "2- pipoca dos saltos altos quando li esta mensagem logo vi que é uma menina caprichosa.
Penso que é um blog com uma tendência ao capricho.
Pecado do autor:avareza". Já expliquei que capricho e avareza são diferentes. Eu? Eu adoro caprichar, confesso....

Quando chegou ao terceiro, a Isilda espalhou-se ao comprido. Escolheu a Kitty Fane, mas por pura embirração, ou será inveja Isildinha? A Isilda não gosta do blogue porque a autora "nunca escreve as saudações". Toma. É justo. Ah e a Kitty inventa palavras. Não foi o que fizeste com o "fudurento" Isildinha?
- "escreve palavras que não existem no dicionário,como:"feiotinho" em vez de "feiosinho","atiça-interesse" em vez de "desperta-interesse". Ok Isilda. Está justificado. esculpa a gargalhada que me provocaste quando reparei que roubas rúbricas à autora que detestas. Isto? Bem, agora que somos próximas, Isilda, deixa-me dizer-te que se para ti um homem que não teve formação militar não pode ser interessante, jamais nos chatearemos por gostar do mesmo rapaz. Acredita Xuxu.
A Isilda ainda se espalha mais ao comprido com isto: "E agora vocês perguntam:se não gostas do blog porque vais lá?
E eu respondo: é para roubar leitores,porque ela tem milhões e ainda por cima aparece nos blogs mais comentados.
Pecado do autor:gula"
Nem comento Isildinha, desta feita roubaste-me as palavras.

Não conheço os restantes bloguers da lista. Mas vou por certo gostar. Contas feitas, escrevi tantas vezes o teu nome que nesta altura deves estar muito feliz. Finalmente alguém reparou que existes e por uma vez, uma única vez, tiveste audiência. Eu, como avarenta que sou, vou mandar o meu NIB para me fazeres a transferência bancária, sim?

Paixão e pernas entrelaçadas

E foi sem esperança que a rapariga lhe disse "estou apaixonada por ti". Foi de olhos vagos que o rapaz lhe partiu o coração, sem perceber que daquela vez a devia ter olhado nos olhos, ainda que vagas fossem as palavras.
Da esperança que não morre saiu-lhe um sorriso, já com o peito sem sinais de vida.
Havia em tempos acreditado que o que se sente num coração é aceite no outro. A rapariga não tinha ainda noção que atracção e paixão não andavam de mãos dadas, ainda que volta e meia entrelaçassem pernas.
Desde esse dia "estou apaixonada por ti" não se lhe voltou a ouvir dizer, apesar de o peito o ter sentido tantas vezes. O rapaz inventou a palavra "saudade" sem perceber que a cada vez que o dizia a esperança ganhava mais uma vida, sem perceber que a "saudade" dele lhe queimava no peito que ainda gritava "estou apaixonada por ti".
Um dia a rapariga matou a esperança e fez ouvidos mudos à "saudade" do rapaz. Nesse dia ela já sabia que apesar das pernas se entrelaçarem quase sempre numa dança perfeitamente coreografada, nem sempre os corações batem ao mesmo ritmo.
A rapariga é feliz, mesmo sem ter voltado a dizer "estou apaixonada por ti". O rapaz fala com "saudade" da rapariga que um dia não soube olhar nos olhos.