quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Descansa Princesa... O céu tem mais um anjinho. Adeus Bia.


Foi pela Pólo Norte que conheci a Bia e soube da sua rara leucemia. Ofereci-me para fazer uma reportagem e tentar assim chamar à atenção para quem pudesse ajuda. E fiz. E houveram pessoas a ajudar. E fomos todos tornar-nos dadores de medula enquanto a Bia lutava por ficar cá. Assim que cheguei ao jardim de Cascais, o ponto de encontro, vi um anjinho saltitante de caracóis louros a correr na minha direcção. Antes de nada, antes que pudesse dizer olá, a Bia abraçou-me. Guardo o calor do abraço da Bia até hoje. E é assim que te recordarei, com a vida que me mostraste ter naquela tarde. Divertida e carinhosa a comeres o teu Calipo de morango e a derreteres o coração do fotógrafo meio durão que estava comigo. Descansa agora. E obrigada pelo abraço.

Real.


quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Palavra triste, esta deve ser uma das palavras mais tristes.

de·sa·pe·go |ê| 
substantivo masculino
1. Facilidade em deixar aquilo a que se tinha apego.
2. Indiferençadesinteresse.


terça-feira, 5 de agosto de 2014

Sobre isto, do Amor

"Amar é arriscar. Tudo. O amor é algo extraordinário e muito raro. Ao contrário do que se pensa não é universal, não está ao alcance de todos, muito poucos o mantêm aqui. Chama-se amor a muita coisa, desde todos os seus fingimentos até ao seu contrário: o egoísmo. A banalidade do gosto de ti porque gostas de mim é uma aberração intelectual e um sentimento mesquinho. Negócio estranho de contabilidade organizada. Amar na verdade, amar, é algo que poucos aguentam, prefere-se mudar o conceito de amor a trocar as voltas à vida quando esta parece tão confortável. Amar é dar a vida a um outro. A sua. A única. Arriscar tudo. Tudo. A magnífica beleza do amor reside na total ausência de planos de contingência.Quando se ama, entrega-se a vida toda, ali, desprotegido, correndo o tremendo risco de ficar completamente só, assumindo-o com coragem e dando um passo adiante. Por isso a morte pode tão pouco diante do amor. Quase nada. Ama-se por cima da morte, porquanto o fim não é o momento em que as coisas se separam, mas o ponto em que acabam. Não é por respirar que estamos vivos, mas é por não amar que estamos mortos. De pouco vale viver uma vida inteira se não sentirmos que o mais valioso que temos, o que somos, não é para nós, serve precisamente para oferecermos. Sim, sem porquê nem para quê. Sim, de mãos abertas. Sim... porque, ainda além de tudo o que aqui existe, há um mundo onde vivem para sempre todos os que ousaram amar..." José Luis Nunes Martins Investigador