Foi pela
Pólo Norte que conheci
a Bia e soube da sua rara leucemia. Ofereci-me para fazer uma reportagem e tentar assim chamar à atenção para quem pudesse ajuda. E fiz. E houveram pessoas a ajudar. E fomos todos tornar-nos dadores de medula enquanto a Bia lutava por ficar cá. Assim que cheguei ao jardim de Cascais, o ponto de encontro, vi um anjinho saltitante de caracóis louros a correr na minha direcção. Antes de nada, antes que pudesse dizer olá, a Bia abraçou-me. Guardo o calor do abraço da Bia até hoje. E é assim que te recordarei, com a vida que me mostraste ter naquela tarde. Divertida e carinhosa a comeres o teu Calipo de morango e a derreteres o coração do fotógrafo meio durão que estava comigo. Descansa agora. E obrigada pelo abraço.