quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A fazer contas...

2008 não foi um ano simpático, foi caótico. 2009 foram só 365 dias que passaram. 2010 foi um bom ano. Conheci pessoas, países, conheci-me mais a mim. Não houve muitos sobressaltos, apesar de algumas perdas. Vem aí 2011 e eu que não gosto nada de números ímpares só espero que seja pelo menos tão sereno quanto 2010.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Sem papas na língua disse # 8

"Uma manhã embaraçosa é sempre melhor que uma noite chata"

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Quotes # 2

"As palavras não foram ditas, mas decididamente estavam lá, em algum ponto..."
Markus Zusak - A menina que roubava livros

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

O postal de Natal mais egocêntrico da blogosfera

Bem, precisamos de uma Pipoca (para o egocêntrismo) um Anjo e uma bola de Natal. Bem, na loucura uma moldura catita para ajudar ao cenário. Et Voilá. Bom Natal para todos...

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

E foi assim que aconteceu...

Há 28 anos, às 08h55 sem grande alarido mas com muitas dores (ouvi mesmo queixas de que eram dilarecerantes) nascia uma pipoquinha. As dores eram porque vinha de saltos altos :)

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Quotes # 1

"Eu não tenho medo do amor.
Eu tenho medo é de amar quem tem medo dele.
Amar quem teme o amor é como se apaixonar por uma sucessão de desistências."
Marla de Queiroz

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Sou mesmo uma fixolas

À loira dei bilhetes para Os Azeitonas, sob condição dela dar uma palmada no rabo ao Marlon. Agora liguei à minha princesa N a dizer que tem dois bilhetes em nome dela para os MGMT. E quando os meus amigos me dizem que eu sou a melhor amiga do mundo não me resta nada a não ser acreditar, claro. Quando for grande quero ser a minha melhor amiga :)

Estado miserável em que se encontra este blogue # 9


quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Hoje, logo de manhãzinha no metro

Observei-o deliciada, confesso. Estava com um ar sonhador, o rapaz. Olhava para o ramo de flores, uma explosão de cor matinal, e não disfarçava o sorriso provocado, por certo, da felicidade que os pensamentos que o invadiam lhe provocava. Depois reparava que vários olhares transeuntes o fitavam, tal como eu por delícia e curiosidade, e tentava colocar um ar sério. Mas não o mantinha muito tempo. Bastava olhar para ele uns segundos e era impossível não reparar na sua expressão, é um homem apaixonado, se calhar um homem que nesta altura consegue dizer "amo-te".
Questionei-me se manterá aquele ar ao entregar as flores à rapariga. Questionei-me se a deixará perceber o mesmo ar radiante que lhe salpicou o rosto durante aquela viagem de metro, o que deixou ver a tantos estranhos. Questionei-me depois se terá a rapariga, a que recebeu as flores, percebido o que significa para o rapaz, se lhe dará o mesmo valor, a ele e ao gesto.
E ele estava tão radiante quanto nervoso, foi isso que me chamou à atenção, isso e a explosão de cores do ramo de flores numa manhã como a de hoje, que acordou gelada. E por momentos tive inveja da rapariga, por ter assistido ao ar sonhador e radiante do rapaz. Um que ela perdeu mas que espero que tenha agarrado ao mesmo tempo que o ramo de flores.

Não sei...

Não sei ler mensagens nas estrelas. Não sei sequer a que constelações pertecem. Não sei uma fórmula para mudar nada que belisque o mundo. Não sei nenhum truque de magia. Nem sequer sei fazer batota. Não sei ler mensagens no fundo dos olhos. Não sei ler lábios. Não sei cantar, contento-me em saber as letras, cantá-las pra dentro. Não sei dizer palavras que magoem, ficam-me cá dentro. Não sei dizer um não sem dar uma justificação. Não sei nada de marés. Nem de luas nem de astros. E há dias, sim dias, em que não sei bem o que fazer em relação às coisas que sei.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Estado miserável em que se encontra este blogue #9

Passaram seis meses desde que te conheci. Parece que foi ontem.

domingo, 12 de dezembro de 2010

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Eles são de Marte, nós de Vénus e é verdade que não falamos a mesma língua


Pessoas do norte...alguém?????

A Pipoca ganhou duas entradas para o concerto dos Azeitonas dia 15 de Dezembro no Sá da Bandeira no Porto. A Pipoca tem pena, já deixou cair lágrimas e tudo, mas não vai poder ir. Quem quer ficar com as entradas para o concerto, onde vão gravar o dvd, de borla? Quem é fã?
Só para não dizerem que nunca vos mimo...

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Enfim...

As "mentirinhas piedosas" são somente parvas e desnecessárias, nada têm de piedoso, digo eu que não sei nada da vida.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Todos temos um história para contar.

Somos feitos de marcas, episódios, lutas, pormenores, risos e lágrimas, dores e crenças. Ao longo da vida vamos-nos construindo, derrubando muros, saltando barreiras de obstáculos. Há também aqueles momentos em que simplesmente baixamos os braços, deitamo-nos no chão frio e deixamo-nos ficar lá, imóveis, inertes, até arranjarmos formas e forças para nos levantarmos. Decidimos reconstruir-nos. Passamos a vida a limar arestas, a tentar sermos melhores seres humanos, a tentar alcançar metas, pessoais e profissionais, que nos façam, por momentos, sentir realizados.
Já estive várias vezes deitada inerte no chão frio e já me levantei a vezes que consegui. Todos temos uma história para contar. Já todos sentimos a vida ser maismadrasta que mãe.
Quando alguém novo entra na nossa vida não lhes mostramos logo as cicatrizes, não lhes contamos logo a nossa história. Não nos armamos em coitadinhos. Não queremos que as vezes que nos deitámos no chão frio sejam das primeiras coisas a saberem sobre nós. Damos por nós a pensar que não sabemos quanto tempo aquela pessoa vai estar na nossa vida ao ponto de nos sentirmos na obrigação de partilhar as résteas, os destroços, de fases menos felizes. Não gostamos de falar daqueles episódios menos brilhantes. Uns em que somos responsáveis, outros em que nunca tivemos uma forma de fugir. Há coisas na vida que não podemos escolher. São como são. Lidamos com isso da melhor maneira que conseguimos. Não falamos sobre isso, lidamos com isso.
Mas a vida não espera e o tempo não pára para que tenhamos tempo de ter certezas, em relação e alguém novo na nossa vida e sobre quanto tempo vai ficar, e acaba por haver um momento em que nos mete a desmoronar por dentro em frente a alguém que não conhece a nossa história. E nessa altura, sem ensaios e sem cábula, vemo-nos obrigados, sem certezas, a deixar que uma pessoa que é nova na nossa vida, de um momento para o outro nos veja as cicatrizes. Que saiba aquela história que não gostamos de contar, que tão pouca gente sabe, que só sabem as pessoas que nos conhecem desde bebés, aquela onde não tivemos poder de escolha mas que nos vai magoando ao longo da vida. Precisamos de contar a história para justificar actos, opiniões, formas de agir e reagir.
Contar uma parte da minha vida a alguém que não sei quanto tempo vai fazer parte dela é um esforço brutal. É pesado. É também uma prova de confiança. É um medidor de afectos. Já conheces a minha história, uma delas. Obrigada por continuares aqui, na minha vida.

That's it


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Saudades...

Quero a minha infância de volta! Please?

Sou picuinhas, e daí?

Lamento xuxu, estranhos com a agravante de serem jogadores de futebol só se forem do Sporting. Sorry. Uma pessoa tem que ser selectiva, certo?

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Ri-te ri-te...ainda te lixas Pipoca

No trabalho:
Pipoca: Alguém quer café?
Chefe: Eu quero.
Pipoca: Alguém, das pessoas fixes da redacção, quer café?
Gargalhada geral, chefe calado a apontar para a renovação do meu contrato.

Inspirada pelo remate da peça de teatro que fui ver ontem...

Este é sem dúvida, e sei que já o publiquei aqui antes, o meu texto preferido, de sempre.

Um Dia Aprendes
Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começas aprender que beijos não são contractos e presentes não são promessas. E começas aceitar as tuas derrotas com a cabeça erguida e os olhos adiante, com a graça de uma criança e não a tristeza de um adulto.
E aprendes a construir todas as tuas estradas no hoje, porque o terreno de amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair ao meio em vão. Depois de um tempo aprendes que o sol queima se ficares exposto por muito tempo. E aprendes que não importa o quanto te importes, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceitas que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai magoar-te de vez em quando e tu tens de perdoá-la por isso.
Aprendes que falar pode aliviar as dores emocionais. Descobres que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la e que tu podes fazer coisas num instante, das quais te arrependerás para o resto da vida. Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo em longas distâncias. E que o que importa não é o que tens na vida, mas o que és na vida. E que bons amigos são a familia que nos permitiram escolher. Aprendes que não temos de mudar os amigos se compreendermos que os amigos mudam, percebes que o teu amigo e tu podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobres que as pessoas com quem mais te importas na vida são tomadas de ti muito depressa, por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vemos. Aprendes que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós próprios. Começas aprender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que tu mesmo podes ser. Descobres que levas muito tempo a tornares-te na pessoa que queres e que o tempo é curto. Aprendes que não importa onde chegaste, mas onde vais. Aprendes que, ou tu controlas os teus actos ou eles te contrararão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprendes que heróis são aqueles que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as consequências. Aprendes que paciência requer muita práctica. Descobres que algumas vezes a pessoa que esperas que te calque quando cais é uma das poucas que te ajuda a levantar. Aprendes que a maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que tiveste e o que aprendeste com elas do que quantos aniversários celebraste.
Aprendes que há mais dos teus pais em ti do que suponhas. Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são tolices, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de seres cruel.
Descobres que só porque alguém não te ama da maneira que queres que te ame, não significa que esse alguém não te ame, pois existem pessoas que nos amam, mas não sabem como o demostrar.
Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes que, com a mesma severidade com que julgas, serás em algum momento condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que o concertes. Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, em vez de esperarer que alguém te traga flores.
E aprendes que realmente podes suportar... que realmente és forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensares que não podes mais. E que realmente a vida tem valor e que tu tens valor diante da vida! As nossas dúvidas são traidoras e fazem-nos perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar.

William Shakespeare

Em repeat

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Como na escola primária.

Há mulheres que não crescem nunca. Temos a tendência de acusar os homens de sofrerem todos do síndroma de Peter Pan, mas na verdade olho à volta e vejo muitas menininhas presas em corpos de mulher.
Há mulheres que continuam a ter os mesmo comportamentos que tinham no recreio da escola primária. Querem os mesmo brinquedos que nós, tentam usar as mesmas palavras/expressões, o que acabam por fazer na ocasião mais errada, ficam melindradas se tivermos um melhor emprego, se tivermos namorado, se tivermos mais atenção num jantar de amigos, se ganharmos mais. Não se trata de inveja, não, inveja não é. É imaturidade. É desiquilibrio. Quando uma mulher de trinta anos diz em voz alta "porque a tua saia é mais curta que a minha", "porque os homens olham mais para ti do que para mim", "se soubesse que vinhas assim vestida tinha-me arranjado melhor", não é de inveja que estamos a falar, é imaturidade. É falta de personalidade e de confiança. E sim, é ridículo. É meninice num estado avançado.
Depois estas meninas que vivem presas em corpos de mulher, sem o serem, gastam tempo e desgastam-se, a tentar de alguma maneira interferir com a nossa vida, com a vida das que já cresceram. Aproximam-se para verem se há algum sítio frágil para darem umas unhadas. Tentam chegar perto para poderem causar um dano qualquer. No fundo, admiram-nos.
De forma secreta é vê-las usar as nossas palavras, as nossas expressões, comprarem roupa igual à nossa e armarem-se em destemidas, arrojadas. Esquecem-se que as outras, como mulheres de personalidade vincada, apanham-nas no primeiro passo em falso e deixam até, que elas dêm mais uns quantos, para as verem cair a seguir.Se querem ser as mulheres que admiram, observem e reconstruam-se. Nada de arrojos até saberem o que estão a fazer, é um conselho que lhes deixo, às menininhas. Isto porque todos os actos arrojados têm consequências. E até porque se há coisa para a qual já não tenho paciência é ainda ter que arranjar boa vontade para vos apanhar do chão, depois de já me terem desiludido tantas vezes.

"De que raio estás tu a falar Pipoca? Mas tu nem és de escrever posts idiotas como este, e tal"...

Sei que é um post demasiado "gaja", mas há dias em que também tenho direito a ser uma "menininha". E sim, estou cansada de algumas pessoas. E algumas dessas pessoas, vá duas, lêem este blogue religiosamente e tentam, sempre de forma a dar disparate,roubar-me pequenos vincos de personalidade. Piadas. Lêem coisas neste blogue e depois vão ter com os amigos a contarem as minhas histórias como se fossem delas. Decoram expressões que depois usam para tentarem ter graça. Vêm cá todos os dias e têm a lata de irem ter com amigos meus a dizerem que não sabem nada de mim há "imenso tempo", o que não é verdade, e de seguida invadem-nos com perguntas sobre a minha vida. Estava longe de saber que causo assim tanta comichão, confesso. É que já não andamos na escola primária, ok?

E para essas meninas, três palavrinhas e uma foto:
Kiss my ass

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

"Music is my boyfriend" :)

Dei saltinhos quando soube que os MGTM vão estar no Campo Pequeno a 18 de Dezembro.
Depois esbocei um sorriso por saber que, um ano depois de os ter visto, os The Script vão voltar ao Coliseu, a 14 de Fevereiro.
Fiquei histérica quando vi que os Hurts vão ao Hard Club a 15 de Fevereiro.
Mas agora saltou-me o coração para as mãos quando vi que os CUT COPY vêm ao Coliseu a 23 de Março. O meu coração frágil não cabe em si de contente :)

O homem tem sentido de humor, ao menos isso.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Si, me encantas...

...Madrid.
Se este blogue não tivesse 754 seguidores deixava aqui a promessa de beber um copo de vinho por cada um de vós no mercado de San Miguel, em Madrid, assim sendo, não sendo o meu meu fígado uma esponja assim tão grande, faço-vos um brinde. Esta maluca ajuda. Até segunda meus xuxus.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Isto hoje está bonito, está está...


Não gosto de explicar a mesma coisa 50 vezes, principalmente quando se está a falar de coisas básicas, muitooooo básicas. Aviso que ainda não bebi café à tarde e mordo.

Estado miserável em que se encontra este blogue...#4

Gosto do cheiro do teu perfume na minha almofada.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Here we go again...Desculpa Pólo Norte

Lembra-se disto? E disto?
Desço a estúdio esta tarde e guess what? Sim, estava outra vez sem roupa. Apanho sempre o rapaz pelo menos em tronco nu. Até parece que faço de propósito ;)
(Pólo Norte...vais chamar-me nomes feios ou aguentas? By the way, lembra-me de te contar a conversa. Ops)

Ainda do W Barcelona - as fotos












terça-feira, 16 de novembro de 2010

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Para o mano

Sempre que acontece alguma coisa a alguém de quem eu gosto estou sempre longe, demasiado longe. Mesmo sabendo que não posso fazer nada, nestas alturas sou a maior carrasca de mim mesma, culpo-me por não estar por perto.
Vê se ficas bom rápido, ok? E não esgotes a paciência às enfermeiras, elas não ganham assim tão bem para te aturarem muito tempo. Dentro de dias vou aí estragar-te todos os engates que tiveres conseguido. É uma promessa.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Para me compensar pelo facto de a minha auto-estima ir ficar colada ao chão...

Vou para Barcelona amanhã. Não sejam invejosos, é em trabalho. Passar dois dias inteiros a ver modelos a trocar de roupa é coisinha para me deixar de rastos. Lá se vai a minha auto-estima. Ver gajas com pernas de dois metros dá cabo de mim... Para me compensar da maldade, vou dormir aqui:
(entretanto, antes de ir fazer a mala, tenho outro trabalho duríssimo. Dar um passeio de eléctrico com o Ricardo Pereira. O que uma mulher não faz pelo trabalho...)





Portem-se bem até ao meu regresso. Ou não. Portem-se mal, mas com muito estilo :)

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

"Não tive tempo"

Esta é sem dúvida uma das desculpas mais esfarrapadas que se podem dar, esfarrapadas sem propósito, piedosas? Acho-as dispensáveis, apenas isso. Pode não se ter tempo para fazer um jantar complicado, pode não se ter tempo para estar com as pessoas, pode não se ter tempo para ir às compras, para tratar da casa, para tarefas que ocupem mais que um par de horas. Mas o "não tive tempo" nunca pode ser usado nos contextos básicos. Para a não realização de tarefas, e quase nunca as são, que demoram menos que um minuto. Quais? Fácil. Responder a um sms, telefonar a um amigo, perguntar a alguém que se goste se está bem, querer saber. Não devia ser uma tarefa. E todos sabemos que ocupa menos de um minuto. Todos temos um minuto, por mais atribulado que seja o nosso dia. Se os gastamos noutras coisas é porque as prioridades não passam por responder a um sms, ligar a alguém que se goste, telefonar a um amigo. Prioridades trocadas? O básico é tarefa? Se sim, porque só assim se justifica o "não tive tempo", eu passo. O mundo anda todo ao contrário, parece-me.

Príncipe encantado? Houve um sim, caçou-o a Cinderela

terça-feira, 9 de novembro de 2010

A sério, vão por mim...

Conseguia contar toda a minha vida, devidamente faseada, só com músicas da Aimee Man. A sério que podia...

Acabadinho de chegar...



Agora é só esperar o tempo de gestação de uma criança pelo concerto
(tem duas musiquitas novas pessoal, a What Do You Got? e a No Apoligies, boas, mesmo boas

Entretanto, em repeat...

Outra vez?

A minha vida é feita de episódios de dejá vu...

- Acordei-te?
- Mais ou menos...
- Diz-me que estás vestido.
- Não posso...
- Mas tu não aguentas a roupa no corpo? A sério, veste lá qualquer coisa que eu ligo daqui a dez minutos...não consigo falar contigo sabendo que estás nu, ok?

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Grgrgrrgg

Estou a ter um ataque hormonal. Eu não chorei, a ver A Anatomia de Grey, quando morreu o Duquette. Não, juro, não chorei. Fui quê? Uma das cinco pessoas que não choraram? Porra. Chorei agora mesmo a ver morrer o pai do O'Malley. Pppffff. Odeio ser gaja e haver dias em que não controlo as hormonas. Preciso de um abraço. Ou um regaço, qualquer coisa.
Sim, estou a ver as séries todas de seguida. E então? Não disse já que estou em luta com as minhas hormonas? E que já comi quase um quilo de uvas?

Obrigada tio Herman

Eu gosto do Herman José. O Herman José chama-me sempre bebé. Eu gosto do Herman José, não por ele me chamar bebé. Gosto ainda mais quando um mail dele me salva do humor cão das segundas-feiras de manhã. Tanta piadola junta deixou-me às gargalhadas mais de 10 minutos. Só me parece que ainda é cedo para se despedir com "beijos natalícios". E quanto à sua agenda "ser mais longa em compromissos que a lista de espera do Centro de Saúde de Sete Rios", olhe tio Herman, calha a todos. Beijinhos

Estranhas ligações...

O Mak, o Mau brindou-me com um postal. Um postal a sério. O rapaz pagou pelo selo e tudo. Escreveu o postal à mão, com uma prosa estonteante. Até aqui, nada de surpresas, sabemos que é rapaz para isto e muito mais. O que me deixou mesmo indignada, foi o facto do postal ser uma foto da minha avó, toda sorridente, fotografada ao lado de uma rasta de cebolas. Mak, de onde conheces tu a minha avó? O Mak insiste que a senhora da foto é a mãe dele. Isto faz do Mak meu tio?
Adorei o postal. Obrigada Mak.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

E por falar em melões...

Grande melão!

Já recebi coisas de todo o tipo na redacção. Cestos de queijos, enviados pelo Continente. Garrafas de Vinho da Madeira oferecidas pela câmara do Funchal. Perfumes de várias marcas. Flores de ex-namorados, flores de estranhos, flores e flores. Uma máquina de café, oferecida pela Delta. Já recebi balões. Pens. Livros. Cds. Cremes. Vales de descontos para tudo e mais alguma coisa.Uma garrafa de vodka. And so on... mas até hoje nunca me tinham mandado um melão. A sério, um melão. Em Novembro. Um melão. Senhores da Melom, um melão? Mas vocês não são uma empresa de decoração? "Ah mas tem graça pelo nome". Pronto. Tenho um melão em cima da mesa. São servidos?

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Quando eles escrevem assim...#1

O Fernando Alvim surpreendeu-me, desta vez surpreendeu-me a sério. Gosto muito de ler textos de homens, dos que não escrevem romances, sobre paixão. Gosto mesmo. Boa Alvim!

"Chegou a hora de falar de paixão e deixar de bajular o amor. Se me permitem - e com verdade não está aqui ninguém que me impeça - tem que ser feita justiça em relação à paixão. Mas uma justiça de milícia popular, com archotes e enxadas na mão, uma justiça que nos ponha roucos, de cara ruborizada, com as veias dilatadas como nos discursos de tomada de posse do Valentim Loureiro. Por mim, corta-se já uma estrada, uma avenida central, a pista do Jamor.

Por mim é já hoje, um buzinão na ponte, nas portagens, uma greve geral, o que for, mas assim é que não pode continuar. E digo-vos já porquê, deixem-me só beber um copo de água. A paixão tem sido de forma sistemática, ao longo dos anos, de forma quase velhaca, prejudicada pela equipa de arbitragem. Não há jogo nenhum, em que o amor não seja levado mais a sério do que a paixão. E eu não posso concordar com isto. E não me venham aqui os amorosos do costume dizer que a paixão é a primeira fase e que depois se desenvolve o amor e tal e coiso, que é algo progressivo e que assim é que bonito. O tanas, é que é bonito. A paixão pode durar uma vida. A paixão mete o amor num chinelo e levanta um estádio inteiro com uma jogada de génio. O amor quando muito passa a bola, mas não faz aquela jogada que leva as pessoas ao estádio. O amor é Moutinho, a paixão é Hulk. A paixão é o toque de calcanhar do Madjer, o amor é um remate certeiro mas só isso. As pessoas festejam o golo, mas o da paixão, o da paixão é outra coisa. O da paixão é marcado no último minuto, é o penalty que nos leva à final do campeonato europeu quando já todos roíamos as unhas. A paixão rói as unhas, o amor passa a vida a tratá-las para não partirem. E esta é a principal diferença, a paixão não tem tempo para pedicura. A paixão tem pressa e corre para apanhar o autocarro. O amor espera que venha outro. A paixão não é nada disto, é outra gente.

Ouçam, a paixão não faz fretes, ninguém quando está apaixonado liga para a outra pessoa porque tem que ser. Na paixão não tem que ser, é. Já o amor é o que se sabe, uma folha de cálculo, organizadinho, com a camisa aos quadradinhos, risquinho ao meio no cabelo, um exemplo para a família, bravo, bravo! Pois a paixão também o pode ser. E está na altura de não a subestimarmos mais. Alguém que diga que está apaixonado por outra, não pode ser tratado como se fosse um amante. A paixão pode também nunca morrer, pode ser para sempre, sem precisar dessa coisa do amor. A paixão é independente, é música alternativa. O amor é hit parade, é sucesso na rádio cidade. O amor dificilmente viverá sem a paixão e não me venham dizer que o contrário também é verdade, porque pode muito bem ser e daria cabo de toda esta minha tese que conclui precisamente agora."

E tu? Como vieste aqui parar?

Segundo o ShinyStat, há pessoas que vêm parar a este blogue de maneiras, como dizer, curiosas. Vamos lá ver se nos entendemos, só para poupar tempo a quem anda a googlar como se não houvesse amanhã e contribui, sem querer, para as visitas deste pasquim.

"bolota paquistanesa" - amigos, não temos cá nada disso.
"uso cinto de ligas" - sim, de vez em quando, sim, temos disso por cá.
"apresentadoras de tv boas" - era bom era. É melhor ires ao gaijasdatv.blogs.sapo.pt
"babes algarve" - hã?
"como se escreve wonu wey" - espero que já te tenhas desenrascado
"ericeira + menage" - como diz que disse?
"fotos de tampos de sanita às florinhas" - agora sinto-me ofendida!
"gajas a passear e de repente serem despidas" - assim do nada? Deve ser giro de se ver
"loiras jeitosas de saltos altos" - obrigada ;)
"clube dos picos no pipi" - parece que a expressão pegou, hein?

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Nem sei porque é que fico admirada, nada que não visse antes.

Sabem aquelas pessoas que cometem os mesmos erros vezes sem conta? Mesmo sabendo que é um erro, conscientes que deveriam já ter aprendido a lição? Sim, aquelas que sabem que estão a fazer um erro que causa danos nas vidas delas e dos outros e que os fazem na mesma? Nem sei como é que ainda me surpreendo quando sei que estão outra vez a fazer a mesmíssima m#erda. Acho que sou daquelas pessoas que aprendem com os erros e não repetem os que sabe, de antemão, que o são, erros dolorosos.
Todos os cometemos, eu sei. Mas não há um limite de vezes para cada erro?

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Para afastar o cinzento que o temporal trouxe...

Eu que já saí de casa dos meus pais há 10 anos

Sei que quando no noticiário passam imagens das cheias ( e elas acontecem todos os anos),o meu telemóvel vai tocar e vou ter mais uma vez esta conversa:
Mãe Pipoca - Estás em casa?
Pipoca - Não, no trabalho.
Mãe Pipoca - Viste as notícias?
Pipoca - Sim, mas como sabes trabalho em Sintra, é alto, e vivo numa rua bastante acima da baixa...
Mãe Pipoca - Mas tem cuidado, olha que parece que isso para aí está feio.
Pipoca - Sabes que sei nadar, não te preocupes

Bem, depois a conversa vai para o que é que "comeste ao almoço" e que o "pai agora meteu na cabeça" uma outra mania qualquer. Ah, e "Vê se amanhã vens cedo a tempo de participar na sardinhada". Sim, eu quando vou a casa participo em sardinhadas :)

É sexta-feira e eu fico sempre com um sentido de solidariedade mais aguçado, ainda que a paciência dure pouco

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Pela boca morre o peixe

Ando sempre a apregoar que não preciso de um homem para nada. Sei mudar lâmpadas, pendurar quadros e abrir latas. Esqueci-me de que não sei montar móveis. Dei por conta agora mesmo. Porra. Afinal parece que preciso de um homem.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Depois não digam que não avisei

A próxima pessoa a perguntar "Onde vais hoje para estares assim vestida?" vai ver a Pipoca na versão de rainha de copas - mando-lhe cortar a cabeça.

Portugal cai dez lugares no ranking da liberdade de imprensa - vá um post secante, eu sei

"Portugal ficou este ano no 40º lugar na classificação da organização Repórteres Sem Fronteiras no que toca ao respeito pela liberdade de imprensa, descendo dez lugares em relação à avaliação feita em 2009.
Já no ano passado, Portugal tinha registado uma queda do 16º para o 30º lugar na lista dos países que mais respeitam o trabalho dos jornalistas.
Apesar de ter classificado Portugal como estando "em boa situação" face à liberdade de imprensa, a organização internacional afirmou em 2009 ter-se verificado uma queda de 14 posições na lista dos mais respeitadores da liberdade de imprensa, passando a estar ao mesmo nível da Costa Rica e do Malí.
No relatório deste ano divulgado hoje, quarta-feira, Portugal mantém a tendência de descida tendo passado do 30º para o 40º lugar. Em 39º lugar, encontra-se Espanha e em 41º a Tanzânia.
A liderar a lista dos mais respeitadores da liberdade de imprensa, estão a Finlândia, Islândia, Holanda, Noruega, Suécia e Suíça."

Sem papas na língua disse #8

"Ai que você hoje está tão mimosa!"
Really, só porque tenho uma saia? Enfim...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

sábado, 23 de outubro de 2010

Gosto # 1

De sábados pachorrentos. De ter tempo sozinha sem ter que pronunciar uma única palavra. De jantares de amigos. De abraços. De conversas que começam com "ainda te lembras?". De lareiras, perco-me horas a observar as formas fugidias das chamas que iluminam a cozinha quando todos já se foram deitar e eu fico lá, de luz apagada. De gatos mimados. De cães saudosos. De estar na aldeia e olhar para o céu e ainda me surpreender em como o céu parece mesmo baixo, com estrelas ao alcance do esticar da mão. De ver orvalho de manhã nas folhas verdes no quintal. Da lua. De beijos. De gargalhadas. De sol de inverno. De café. De groselha.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Quem me manda armar-me em engraçada?

Exame médico:
Técnico: Tire toda a roupa da cintura para cima e deite-se ali naquela maca.
Pipoca farta de análises e exames: Não sabe o número de vezes que já me disseram isto, assim a cru, esta semana. É que quando me pedem para tirar a roupa costumam dar-me beijinhos antes...
Técnico: Não seja por isso, saio às 16h00.
Pipoca: esqueça lá isso... (sem saber onde se esconder e de mamas ao léu)
Saí a rir-me e contei à mãe Pipoca que me devolveu entre risos um "Tu tens mesmo falta de uns parafusos..."

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Devassa? Sim, bem fresca.

Acho que é a idade que faz deles Homens

Gosto disto. Gosto mesmo. E sim, é isso que queremos também. O resto, extras e bónus, o tempo queima num piscar de olhos.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Tanto charme devia pagar imposto...

Não fosse aquele feitio torcido que ele tem...o homem é lindo. Pronto. Já disse. Lindo. E se um dia o Albano Jerónimo casa com a Chéu parte-me o coração. Ela parece um homem, só por isso.

Estado miserávem em que se encontra este blogue # 8

sábado, 16 de outubro de 2010

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A cantarolar...

Começamos bem o dia por estes lados

- Bom dia pode assinar?
- Isso é o quê?
- Mais uma carta do tribunal. E esta é gordinha!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O Jhonny Barrios quer ser o último a ser resgatado da mina

O mineiro Jhonny Barrios, se for esperto, vai pedir para ser o último a ver a luz do dia. Enquanto vocês todos estão a seguir o resgate dos mineiros do Chile em directo, ansiosos por verem abraços e beijos e lágrimas, eu estou do outro lado da barricada, a ver quantos calduços vai o Jhonny levar depois disto: "Afinal Havia Outra". Vá, eu também quero ver os abraços e as lágrimas e os reencontros.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

É por isto que digo que os sintomas da Paixão não distinguem sexos

O Pipoco Mais Salgado é (e digo isto sem o conhecer pessoalmente, mas não preciso para o constatar) um dos homens mais interessantes de se ler na blogosfera. Provoca, com facilidade, o sentimento ou emoção que bem quer e lhe apetece a quem o lê. E esta manhã a mim deixou-me não sei se inquieta se satisfeita. Depois de me ter aventurado na teoria de que as paixões não distinguem sexos na forma como são vividas, ele agora veio de certa forma, apenas dentro da minha cabeça, claro está, dizer: Pipoca não estás assim tão errada.
E com isto continuo a tentar perceber se fique satisfeita se inquieta.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Enquanto dormias...

Fiquei a ver-te. Descansado. Perdido nas horas que passam sempre depressa. Afaguei-te o cabelo. Perdi-me nas sombras que te marcavam o rosto a cada vez que mudavas de posição. Descobri-te uma pequena cicatriz no sobrolho. Apaixonei-me outra vez. Fiquei, vagarosamente, a olhar para ela. Depois descobri-te um pequeno sinal,quase imperceptível, debaixo do olho esquerdo. Como é que nunca o tinha visto antes? Voltei a apaixonar-me. Perdi-me uma imensidão de tempo, que são sempre minutos apressados, na pequena cova que tens no queixo. Decorei-te o desenho dos lábios. São perfeitos,foram, por certo, desenhados à mão. Toquei-te a barba que começou a
aparecer no avançar da noite. Farta. Forte. Semeada com exactidão. Apaixonei-me.
Enquanto tinha a mão aberta sobre o teu peito, e te sentia o pulsar do coração na palma da mão, reparei, acho que pela primeira vez, na tua maçã de Adão. Fiquei outros tantos minutos vagarosos, dos que passam a correr, a olhar para ela. Para ti. E ali estavas tu. Sem roupas. Sem máscaras. Sem nada que disfarçasse o que és ou do que és feito. Tu. Simplesmente tu. Desprotegido mas sem um rasgo de fragilidade. A nu com a luz que se agitava no quarto, a cada vez que mudavas de posição. E voltei a apaixonar-me.

Odeio as segundas. E as terças, as quartas...

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

O verdadeiro "Post de Gaja"

Ai ai ai que vou para a ModaLisboa, ai que estou tão contente...

Alguém quer trocar? Eu fico apalada no vosso sofá e vocês vão "ver as modas" por mim. Alguém? Não sou assim tão gaja, para vossa surpresa...

terça-feira, 5 de outubro de 2010

O homem ideal



Não existe?!! E novidades?

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Do Desassossego

Tenho uma festa de aniversário. Não me apetece ir. Tenho um encontro de amigas no bairro. Não me apetece ir. Tenho uma noite de copos com as outras "amigas". Não me apetece ir. Bem, preciso de uma ocasião para ir passear o meu vestido novo da Sandro Ferrone. Hum...não me apetece ir.
10 minutos depois
"Ouve lá, o bar abre hoje e dei-lhe o nome que tu gostavas. Pega nas tuas amigas e mete-te aqui. A primeira bebida pago eu".
Pronto. Vou vestir o vestido.
Adeus
(By the way, o bar chama-se Desassossego e fica na Rua da Atalaia, 52, Bairro Alto. E é giro que eu já tive direito a uma visista pré-abertura. E vocês? Vão ficar alapados no sofá?)

Só para rapazes, ou talvez não...

Lembram-se disto? Lembram? Acho que foi o concurso mais engraçado que passou aqui pelo blogue e até as meninas alinharam.(Nunca tinha recebido tantas propostas galanteadoras na vida, confesso). O PES2011 é lançado hoje. E este ano? O que farias pelo PES2011? Hum?

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Ainda a propósito de "A vida é uma treta, a morte é uma treta e Deus uma fraude"

Caso fosse vivo, o Paulinho faria hoje sete anos. O pai, não imagino com que forças, uma que eu não lhe adivinhava, escreveu-lhe uma carta. Nem o coração mais gélido poderia ficar indiferente. As lágrimas, mesmo sem saber o que é perder um filho, revelam-nos a humanidade. Podem ler a carta aqui.

Estado miserável em que se encontra este blogue # 6

terça-feira, 28 de setembro de 2010

A sério que não há paciência

Sabem aqueles dias em uma p#uta de uma insónia não vos larga? Aqueles que acordam das horas mal dormidas com vontade de dar um berro ao mundo? Pois. E não lhe chamemos "dia não", o conceito é parvo. É mesmo um dia de m#erda.
E quando nos topam com um humor cão, porque raio é que as pessoas insistem em fazer-nos aumentar a fúria com perguntas e comentários que deviam dar direito a chibatadas (sem qualquer conotação sexual, entenda-se)? Detesto que me façam falar, respirtar fundo, ou inventar um sorriso 33 quando estou assim. A sério. Sinto a ira a subir-me às têmporas e fico com instintos assassinos. Não é novidade para ninguém que me conheça. Querem mesmo levar-me ao limiar da paciência?

"Hoje estás electrizante"
"Ai que não via esta "querida" há tanto tempo. Esteve nas Caraíbas?"
"Olha, posso mudar esta vírgula?"
"Ah deixaste de fumar? Mas estás grávida?"
"Bom dia "princesa". Essas calças são "engraçadas".
"Ah, és tu que vais entrevistar a x? Ai que máximo. Ai quem me dera."
"Tás f#odida. És tu que vais entrevistar a x? Olha que ela é insuportável. Tem um mau feitio do caraças. Besta como as portas. Vai com cuidado."

E uma pessoa tem que ouvir estas pérolas todas antes da parte do almoço...

A saber: "Electrizante"????? - WTF, porque tenho uma camisola azul? A sério? Tem graça?
"Caraíbas"? - Claro, o raio da mulher nem pessa por mim quase todos os dias...
E "mudar a vírgula? - Nem comento.
"Princesa" - quando dito por um quase estranho só me lembra o piropo à camionista. Really.
"Engraçadas" - as calças...que subterfúgio mais idiota, e dispensável.
E a tal entrevistada do mau feitio e do deslumbramento "ah és tu que vais entrevistar" e do cuidado que ela morde: - Com o humor com que estou, sequer capacitada para o tal sorriso 33, é bom que a senhora (ah mas é uma diva, não é uma senhora) não seja torta e não me faça transbordar o copo, é que se isso acontecer quem lhe morde sou eu! A sangue frio. (e agora as outras diziam..."ah, quem me dera seu eu mordida por ela...é uma diva e tal, ai que nervos que não sou eu").
E nem comento a cena do tabaco e associação directa a estar grávida. Claro, que outro motivo leva alguém a largar o tabaco? (com esta irritação o que eu não dava por um cigarro!!!)
E sim, há dias em que sou tão insuportável que não me aturo a mim mesma.

E as criaturas patéticas que me andam a deixar, porra é que não se cansam, comentários anónimos (pois claro, apesar de saberem que eu sei quem são) no blogue, só mais uma coisa: Anónima 1: és tão óbvia que basta ele falar comigo uma vez para voltares à carga nos comentários. Não seria melhor ofenderes o próprio? Ou pedires-lhe justificações directamente? Mas não tens mesmo uma gota de amor próprio? Já não andas na primária, certo?
Anónima 2 - És tão vazia, a sério, chego a ter pena de ti. A máscara já te caíu, não deste por conta?

Música do dia

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Estes gajos são o máximo

Acho isto delicioso...simplesmente delicioso...
Para os mais distraídos: sim, têm que ir clicando em cima dos vários objectos, sim...

E vocês, o que acham?

"Unless it’s mad, passionate, extraordinary love, it’s a waste of your time. There are too many mediocre things in life. Love shouldn’t be one of them."
Dream for an Insomniac

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A vida é uma treta, a morte é uma treta e Deus uma fraude

Ontem fui ao funeral de uma criança que faria sete anos para a semana. Saudável e cheio de vida, sempre com um sorriso travesso mas um olhar carinhoso. Curioso, ternurento, educado. Vómitos e febre, sintomas de vírus e indisposições vulgares nos miúdos. Entrou no hospital e já não saiu. Morreu em horas, apenas horas. Leucemia, uma variante tão rara quanto galopante. Horas, apenas horas.
As crianças de sete anos não deviam morrer. As crianças não deviam morrer em idade nenhuma. Os pais não deveriam enterrar filhos. Deus não existe. A existir, caso eu esteja errada, é um filho-da-mãe com um sentido de humor demasiado negro, um monstro cruel. Sentadinho a puxar cordéis de vida e morte como se estivesse a jogar um jogo de tabuleiro. A existir é assim que ele está, sentadinho a puxar cordéis. A vida é demasiado frágil, a morte é um treta.
E o que é que, num abraço, se diz a um pai que perde um filho de uma maneira tão abrupta? Nada, não se diz nada. Não consegui dizer nada. Abracei-o apenas, com força. A vida é uma treta. Madrasta. Dá e tira, sem regras.
Aproveitem ao máximo. Digam "amo-te" sempre que o sentirem, não percam tempo com merdas, nem com quem não são efectivamente felizes. Entreguem-se a quem gostas ser reservas, capas ou receios. Não se impeçam de viver emoções, amores, paixões. Persigam e concretizem sonhos e partilhem emoções com quem gostam. Desfrutem das pessoas em vez do dinheiro, carros e casas. É que não sabemos mesmo quanto tempo cá estamos. E é por isso, até porque já lidei com a morte demasiadas vezes, que faço questão de dizer "amo-te" e não passo a presença, abraços e som das gargalhadas das "minhas pessoas". É o que levamos, só o que levamos, momentos fotografados na memória. Apenas isso.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Todos temos um

Ninguém chega aos 27 anos sem um passado. Ninguém chega aos 27 anos sem ter cometido erros. Ninguém chega aos 27 anos sem ter apostado num caminho errado. Ninguém chega aos 27 anos sem ter levado um chuto do amor, vários da vida. Ninguém chega aos 27 anos sem ter arriscado e perdido. Ninguém chega aos 27 anos sem ter desistido de uma coisa pela qual lutou. Sem ter baixo os braços.
Ninguém chega aos 27 anos sem uma bagagem emocional, que pode ser mais ou menos leve do que a pessoa que está sentada na mesa de café ao lado. Ninguém consegue apagar o que viveu. E é essa bagagem que faz de nós o que somos no presente e que até, em certos traços, fará que nós o que seremos no futuro. Ninguém é ausente de passado, e eu nunca esconderia o meu. Sei que me iria rasteirar. E é meu, vivi-o, é o que sou.
Nem sequer vou pedir desculpa por ele. Construí-o a achar que era o futuro. Achava que o ontem era o amanhã.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

No deserto das noites a que chamamos dias...

Olhas para mim e há uma luz que se agita no castanho curioso dos teus olhos. Não consigo identificar o que querem dizer esses tons de castanho que te dançam nos olhos. Pode ser que nada tenha a ver comigo, pode ser uma qualquer inquietude tua, uma que seja só tua. Mas sei que o castanho dos teus olhos se agita quando choca com o verde dos meus. A verdade é que não te sei ler os olhos.
No deserto das noites a que chamamos dias, daqueles que passam devagar, é-me fácil questionar a segurança do teu abraço. Nos silêncios perdidos entre olhares mais vagos, nas horas em que a cidade adormecida me deixa a ouvir-me demasiado alto, é-me fácil deixar que algumas das frases soltas me causem tremor. As palavras são como facas, podem abrir-nos ao meio. Os pensamentos ensaimados são o meu pior inimigo, sei-o demasiado bem. São quase sempre eles que me atiram para o trapézio onde por momentos me balanço, quando me quero pôr à prova.
Depois tu vens, tu e essa luz que se agita no castanho curioso dos teus olhos, e rasgas um sorriso que me amarra os olhos me e fixa os salpicos de verde ao castanho curioso dos teus.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

É como andar de carrocel....

...às onze da manhã escrevo sobre uma pessoa que já partiu e emociono-me ao recordar as nossas conversas. Tento não deixar passar as emoções para o artigo, a custo. Meia hora depois estou a escrever sobre um assunto do qual não percebo nada, não gosto, não me interessa e tento, a custo, dar-lhe uma emoção qualquer. Pronto.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

O amor anda no ar - literalmente...

Desde manhã que tenho um balão em forma de coração a pairar-me sobre a cabeça. Pronto, é fofinho.
Tenho estado aqui atenta às caras das pessoas quando entram na redacção e olham para o balão....um must.

Como é óbvio, agora não me calo com isto!

Ando rabujenta; Como que nem uma besta; Masco violentamente pastilhas elásticas sempre que me começo a passar; Dei por mim a pedir a uma amiga: "se me vires a esgueirar-me é porque vou comprar tabaco, agarra-me nem que seja por uma perna e tranca a porta à chave!"; Quase não atendo o telefone porque não tenho paciência para falar com ninguém; Descobri que gosto de chocolates como o Mars e o Twix (ontem comi dois à falta de melhor); Não dormi nada esta noite porque acordei ansiosa mais de trinta vezes; Tive uma tontura há coisa de vinte minutos; Bato com o pé no chão como quem marca ritmo mais de duas vezes por segundo; Estou a desenvolver instintos assassinos a uma velocidade muito curiosa (esta manhã apeteceu-me matar 4 pessoas em 20 minutos);
Estou sem maquilhagem, de ténis e com o cabelo desgrenhado. Sim, de ténis. Eu, de ténis.
Mas não, não vou ceder. Acabaram-se os cigarros!
(f#da-se que isto custa...custa mesmo...)

terça-feira, 14 de setembro de 2010

A propósito do post anterior...

E não, não fumei...(ando só a entupir-me com outras porcarias. By the way, acho que vou trincar mais alguma coisa)

ggrgrgrgrgrgrg

Isto de não fumar está a matar-me. A sério.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Mórbido, para começar...

Uma mulher matou o marido e dormiu três dias ao lado do cadáver. E para rematar...como é que os deixam ficar sem vigilância? E a filha, onde andava? É o país que temos...

sábado, 4 de setembro de 2010

Hasta la vista, babes!

Os metralhas já estão todos reunidos e de malas aviadas. Este blogue vai de férias e a Pipoca vai retocar o bronze. Portem-se bem até ao meu regresso.
(não sei se vai dar para vir aqui nos próximos dias mas depois há fotos, ok?)

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Eu avisei

Não vos disse que a música ficava no ouvido? Ah pois, a Margarida que o diga... vejam lá isto...

Não sei se já vos tinha dito

...que estou de férias. Yeaaahhh

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Tudo a votar!

A Ursa dos pólos anda num virote. É com cada idéia, uma cachopa decidida a não deixar a blogosfera morrer em tempos de férias. Eu já me tinha sentido uma vedeta com isto. Mas hoje, depois de bater com os olhos NISTO a minha vida mudou.Vá, tudo a votar em mim se faz favor. Tenho um vestido novo e tudo para a passadeira vermelha. E a música fica na cabeça, credo...

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Das paixões, a total angústia e os traços que afinal não distinguem sexos...E ainda bem.

O início de uma paixão é das fases mais angustiantes, apesar de salpicada a emoções que nos deixam com aquele sorriso parvo na cara, que se podem viver. É a fase de todas as dúvidas, dos receios, das inseguranças. Sabe bem? Sim sabe, mas que causa angústia é um facto. Uma total agonia, e até um puto de oito anos sabe disso.
Tal como um amigo me me dizia ontem, é a fase mais pateta que se vive. "É acordares e pensares nela, quereres saber se já acordou, se dormiu bem, se já vai a caminho do trabalho. É ouvires-lhe a voz como forma de iniciares o dia. É a fase em que te sentes inseguro. É ires na rua com ela e meteres os braços para baixo e pensares: assim se ela quiser pode dar-me a mão, está aqui a jeito. Será que me vai dar a mão na rua? Se sim é porque gosta de mim?".
Por muito que estas perguntas possam parecer ridículas todos as fazemos para dentro. "É quereres falar com ela a toda a hora. É angustiares porque lhe ligaste e ela não atende, mesmo que só tenham passado cinco minutos. Porque é que ela não ligou ainda de volta?".
Depois de o ouvir falar da rapariga por quem está apaixonado, acabou por me confessar que se sente muito inseguro:
"As coisas são complicadas. Isto está a ser demais, e eu não gosto de coisas complicadas..." Perguntei-lhe se ela sabia o que ele sentia."Sabe, e até já estivemos juntos várias vezes..."
Eu que sou um desastre com pernas, e meto sempre os pés pelas mãos nestas coisas, limitei-me a deixá-lo falar.
"As pessoas se gostam gostam", continuava ele.Uma vez que já estiveram juntos várias vezes e que parece que a situação nem ata nem desata atirei-lhe a pergunta: Mas ela tem alguém? "Não mas ainda não esqueceu o ex namorado. Uma história mal terminada".
Foi aqui que me calei. Se por uma lado acho que as histórias mal terminadas não deviam ter espaço na vida de ninguém, por muito que custe ter aquela conversa final, a de rebentar a corda para depois de seguir em frente sem amarras, por outro acho que quando é mesmo paixão o passado perde na balança. E antes de me passar pela cabeça dizer-lhe o que estava a pensar, disse-o ele, com palavras que poderiam ser as minhas, as que tinha para lhe dar.
"Acho que quando alguém mexe o suficiente...o passado enterra-se. Ou te apaixonas ou não, é simples. Apaixonas-te do nada sem data marcada, não precisas de x período de tempo para esquecer ninguém, porque uma pessoa nova invade automaticamente esse lugar. Tenho a minha teoria: se gostas de alguém, se mexe assim tanto contigo, tudo o resto passa para segundo plano. E eu gosto de paixões fortes, que surgem do nada e apagam passados, as que te obrigam a dar passos largos sem olhar para trás. Daquelas em que fechas os olhos, apesar de estares cheio de medo, e atiras-te, por querer. Só assim as coisas fazem sentido para mim. Queima-se a paixão enquanto há madeira para arder e espera-se que antes de sobrarem só cinzas tenha nascido Amor".

E sim, é o que todos esperamos, o que queremos.
Espero que ele não se magoe, espero que a paixão seja correspondida, porque sei que é daquelas pessoas que se entrega, sem reservas. E concordo com ele, há que viver intensamente as paixões, sem amarras, de cabeça livre, por querer, por vontade. E acima de tudo, mostrar isso à outra pessoa. Que a queremos, ali, agora, amanhã. E é por isto que sei que apesar de muitas vezes afirmarmos que somos mais emocionais que eles, mais inseguras, mais complicadas, há homens que tal como nós vivem a fundo a angústia do início de uma paixão, naquelas semanas em que não fazemos ideia do que fazer, o que dizer. Se avançamos ou não, se nos damos. E são estes os homens que valem a pena. Os que sabem chorar, os que não têm problemas em dizer em voz alta o que sentem, os que fazem questão de em gestos nos mostrar o que significamos. Os que não escondem emoções. Os que mostram alguma fragilidade quando a sentem. Os que pegam no telefone e ligam só porque nos querem ouvir a voz. Só porque sim. Por querer. Por vontade. E a vida é feita disto, de emoções, de paixões, de sonhos, de partilhas, ainda que com rasgos de angústia de vez em quando. E no fim esperamos olhar para trás e dizer que sim, que valeu a pena.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Não sei se vos acontece...

...andar pelo arquivo do blogue a dar por vocês a pensarem: podia ter escrito isto hoje outra vez.
Miss Complicações, manda-me o NIB para pagar o teu comentário neste post...AHhahah.

Sabes que já não vais para nova...

...quando tens saudades de cantarolar isto. Ando numa de revivalismo, está visto.

Só porque a Jo pediu




Cá está ele, a pedido da Jo, há cerca de dez cores à escolha. As braceletes são todas do mesmo tamanho mas cortam-se para dar para qualquer pulso. Fácil :)
Ah, e cada bracelete tem um perfume diferente, mais ou menos como as melissas...

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Mal posso esperar para que sejas meu...



E falo no singular porque basta comprar um, a bracelete muda-se por apenas 8.50 Euros :) amarelas, laranjas e tudo e tudo...
Hip-Hop, no El Corte Inglés...
Não passa de hoje!

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Estado lastimável em que se encontra este blogue #4


Só para que não se queixem que nunca falo do meu trabalho

Ficam a saber que esta manhã já li, em edição de papel, a National Examiner, a National Enquier, a Now e a Star. Depois de uma bela injecção de notícias que não interessam a ninguém, vou ler qualquer coisa que me faça sentir menos oca.
"Mas ò Pipoca, que diziam as revistas? Alguma notícia gira?"
Se vos interessar saber:
Dr. Phill separou-se da Robin. ("ooohhh, mas eles não eram o casal perfeito?")
O William e a Kate casaram em segredo. ("E a rainha não se passou?")
O Jonh Mayer deu com os pés à J Aniston ("bem, essa aí não aguenta um namorado, coitada!")
Diz que a Angelina Jolie tentou o suicídio por causa do Brad ter chorado com as notícias que dão conta dos seus gostos (e com fotos!) por sadomasoquismo. ("essa maluca")
A Cheryl Cole foi internada de urgência com uma doença tropical marada. ("hum?")
O Robert Pattinson's partilhou a sua receita de Asas de Frango com os leitores da Star ("isto só na América")

E pronto, já falei, pela primeira vez, de trabalho. Ah, para os mais desatentos, o que está entre aspas são vocês que dizem, que eu cá não sou má língua nem faço comentários sobre "famosos".

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Ainda da terrinha

Velhote bêbado à porta do café: Você tem lume?
Pipoca: Sim, claro.
Bêbado depois de acender o cigarro: Merci.
Pipoca: Não tem que agradecer.
Bêbado: Porra, achava que você era italiana
Pipoca: Hum?

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Da minha Terrinha

Quem cresceu fora de uma grande cidade sabe que há expressões, comportamentos, cusquices, tradições e afins que só se encontram nas terrinhas. Na terrinha toda a gente sabe o teu nome e de quem és filha.
Na terrinha toda gente sabe se bebes, se fumas, se namoras, onde trabalhas. E a cada vez que passas a pé um(a) velhote(a) qualquer vai atirar (e eles acham que falam baixo) qualquer comentários sobre ti: "olha, vai ali a Caniggia". "É a filha da X, não é? Está uma mulher!". "Ela de certeza que ganha bem, vê-se pelas roupas." E quando não sabem alguma coisa, inventam e acreditam nisso, passa a verdade e sem margem para dúvidas.
Estive quatro dias seguidos na terrinha dos meus pais, um record que não batia há anos. E o que trago de lá são mesmo umas boas gargalhadas e estórias engraçadas.
A FESTA LÁ DA TERRA
Bailarico com músicas de Tony Carreira e associados, pipocas, minis, algodão doce, velhotas a olhar para mim de alto a baixo, mãe e pai mortos de riso por me verem a dançar músicas pimba. Rifas, romarias, reencontro com pessoas que não via há sei lá quanto tempo. Pipopos manhosos, muito manhosos. Perguntas disparatadas de pessoas que mal conheço mas a quem a minha vida parece interessar muito. Emigrantes que estão em França há um ano e já não sabem falar português. Mais gargalhas da mãe e do pai por verem o meu jogo de cintura a esquivar-me das velhotas chatas e dos rapazes dos piropos manhosos.
Ò Pipoca, mas afinal o que são piropos manhosos?, perguntam vocês..
"As tuas pernas não acabam". "Contigo era mesmo para casar". "Estás livre?". "Páh, conheço-te desde sempre e cada vez te acho mais bonita, é que ainda por cima tu cheiras sempre bem". "Vi-te numa revista, tu és poderosa!". "Soubesse eu que ias ser este mulherão e tinha ficado contigo desde o ciclo, na altura em que gostavas de mim e eu não te ligava grande coisa. É que na altura ainda não usavas saltos altos". (e outros que tenho vergonha de escrever aqui, são mesmo mauzinhos).
A VERGONHA NO BAR IN DA CIDADE
Quinta-feira à noite, bar na cidade, música ao vivo, ambiente mais selecto, saída com a V e a M. A meio da noite começo a sentir o peso de olhares em cima de mim e um dedo a apontar na minha direcção. "Sim, é aquela rapariga ali. Ela vem cá muitas vezes". Mentalmente grito um WTF. Olho à volta e vejo o dono do bar com uma revista aberta na mão a apontar para mim. E fez isto em várias mesas do bar. Ia morrendo de vergonha, baixei os olhos e decidi que precisava de um copo para aguentar aquilo. A V e a M riam-se a bandeiras despregadas. Pondero pedir à VIP e à TV7Dias uma indemnização por danos morais. Uma fotografia do tamanho de um selo e tanto alarido, isto só mesmo nas terrinhas.
DOS PASSEIOS E DOS GELADOS DE ÁGUA
Foi das melhores coisas nestes dias, e já tinha saudades. Amigos, passeios e gelados de água (daqueles com bolacha). E os passeios de bicicleta? E andar a correr entre cães e gatos quintal fora? E aguentar uma tarde inteira o pai a ouvir Elvis a altos berros? E a mãe que nos arrasta sempre que vai a casa de alguma vizinha? E a avó que se pendura no nosso pescoço horas e horas, sem largar e que como já não consegue lembrar-se à primeira do nosso nome nos chama afincadamente de "amiguita" e acredita que é mesmo o nosso nome? E as velhotas que nos dão mãos cheias de rebuçados por acharem que ainda temos idade para sermos tratadas por garotinhas? E as que nos tentam impingir os netos? E as que nos reprovam com as expressões: "Com a tua idade já tinha dois filhos". Com a tua idade já te devias ter casado". "Já és das poucas solteiras, olha que depois ninguém te pega". "Tantos rapazes cá na terra e vocês só gostam dos meninos das cidades". "E filhos?"
DAS EXPRESSÕES (e estas fazem-me sempre rir, por muito que as ouça, e parece que há um fetiche com raios)
"Alma do Diabo!"
"Não venha um raio que te parta"
"Raios te abrasassem!"
"Raios partam a miúda!"
"Cachopos de um raio!"

E é por isto tudo, com coisas boas e outras nem tanto, que gosto da minha terrinha. E os papás ficaram todos contentes de me terem lá estes dias, e eu também.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Restart

Um amigo perguntou-me como se pode fazer restart ao coração. Não lhe soube responder, que sei eu do coração? Acho que não se pode, não há uma forma, um botão. Deixa-se lá tudo o que vivemos, dores incluídas, e espera-se que as coisas se transformem, as memórias se percam e o azedo na boca mude de sabor para qualquer outro paladar mais agradável.
Vivem-se as dores e cresce-se com elas. Aprendem-se lições e espera-se que o organismo cuspa o sabor tóxico que nos ficou preso à garganta. Atenuam-se as mágoas com calmantes (amigos) e espera-se que o tempo faça o efeito que queremos: que provoque o esquecimento.
Deixam-se as lágrimas cair para nos lavar a alma, e elas vão cair várias vezes, e olha-se para o céu para se evitar o escuro da espiral que parece ser o sítio onde queremos estar.
Rasgam-se cartas, postais e fotografias. Deitam-se fora presentes. Muda-se de rotina. Muda-se de cenário. Muda-se de sítios. E o coração lá por dentro, enquanto as coisas por fora vão mudando, vai sofrendo mudanças também. Até que um dia, depois de termos chorado 476 dias, ou outro número qualquer, e nos termos massacrado com o fracasso que se agarra à nossa mente, acordamos e damos um sorriso. Um que seja provocado pelo sol, pela chuva ou por outra coisa, isso agora não interessa nada. Um que seja retribuído a um estranho, a um amigo, a uma criança. E um dia, quando menos esperarmos, se tivermos sorte e a audácia de o aceitar, um sorriso que seja provocado por uma nova pessoa que nos entre vida adentro.
Mesmo com o medo de sabermos que corremos o risco de passar por todo o processo de carpir dores novamente, mais 476 dias, segundo a Pólo Norte.
E quando olharmos para trás, num dia já distante, podemos dar-nos ao luxo de nos presentear com a sentença: agora sei porque é que não resultou com ninguém antes. Um dia...se tivermos essa sorte.
É que restart é uma coisa que não se pode fazer. Nem sequer rewind.
E como não sei responder à pergunta, espero que o teu sorriso não tarde a chegar. E que ao contrário de mim, não demores mais do que 476 dias para esquecer e 725, ou outro número qualquer, para dares por ti a oferecer um sorriso a um estranho, sem medo de passar por tudo outra vez. E teremos sempre medo, eu sei.

"No one can find the rewind button, girl.
So cradle your head in your hands
And breathe..."