quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Há pessoas que têm este poder sobre nós. Porque lho demos, com o coração vendado.

Hoje recebi um abraço daqueles que nos aconchegam os órgãos internos, que os metem no sítio. São a melhor coisa que nos podem dar.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

É mesmo tão mau como o que me tinham garantido ser.

Ataque de ansiedade. Que sensação absurda. Lembro-me de sentir suores repentinos e de ficar zonza e de me custar respirar. Eram sei lá quantos pisos de loja, com pessoas a atropelarem-se aleatoriamente enquanto entre as pancadas que me davam tentava descobrir a merda da escada que me levasse para a rua. Precisava desesperadamente de sair dali e encher os pulmões de ar frio. Antes de chegar à rua dei por mim a fincar as unhas num casaco exposto num manequim que quase me servia de equilíbrio e de estar um estranho a perguntar repetidamente: "are you ok?". no meio da multidão dei por mim sozinha, tão sozinha e deslocada, frustrada.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Valeu a pena a espera, a sério que valeu

Comecei a gostar de John Legend numa vez que o vi no programa da Oprah. Passaram uma mão cheia de anos. Desde essa altura há sempre duas músicas que não saem da playlist do telemóvel nem dos cd's do carro: a Save Room e a Ordinary People. Quando veio a Portugal a primeira vez recordo-me de ter ficado irritada por nessa altura estar fora do país. Valeu a espera.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Pessoas exemplares. Dia Mundial do AVC

Tenho tanto orgulho em ti. E acredito que vais entrar redação adentro mais cedo do que esperamos para te voltares a juntar a nós, à tua equipa.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Eu tenho amigos brilhantes, e parvos mas brilhantes. A sério.

 Luana Piovani "esbardalhou-se" ao comprido na sua revolta contra o resultado das eleições.
Um amigo meu respondeu-lhe: "Querida Luana. Como português inteiro, que é ser mistura de mil sangues feita universalidade, que foi correr mundo de mente aberta como hoje tantos ainda não têm (e não estou a dizer que sejas disso exemplo), tenho a dizer-te, em primeiro lugar, que és uma mulher bonita, pá! E, como é só isso que tenho a dizer, não estou a dizer que, por exemplo, a tua bisavó foi tão explorada pelos italianos que tu ainda hoje te chamas Piovani. Estou só a dizer que se o Brasil tivesse sido espanhol... tu eras Argentina!". 

terça-feira, 14 de outubro de 2014

You go, girl!

"Desfilei na Moda Lisboa como convidada. Desfilei com o corpo que tenho, que é o meu e no qual me sinto muito bem. Qual não foi a minha perplexidade quando observo que, a propósito de uma fotografia menos feliz, sou alvo de críticas, comentários desagradáveis e uma série de mimos, próprios deste mundo das redes sociais, em que ainda nos estamos a habituar a viver.

Estes comentários foram feitos na maioria por mulheres. Mulheres, vou repetir. Mulheres que são filhas, mulheres que são mães, mulheres que ainda não perceberam que cada vez que cedem à tentação de atacar outra mulher com base nas suas características físicas, estão a enfraquecer a condição feminina, em vez de lhe dar força. Estão a cultivar as inseguranças, as desordens alimentares, a escravidão da imagem.

Sou uma mulher segura, pelo menos trabalho nesse sentido. Se este incidente fosse só sobre mim, posso garantir-vos que pouca importância lhe daria. Mas questiono-me sobre a quantidade de mulheres menos seguras, de todas as idades, mais ou menos felizes, magras, gordas, altas, baixas, que sofrem este tipo de perseguição no seu dia-a-dia. Mulheres que, ao contrário de mim, não têm uma voz que se faça ouvir… Para alguma coisa tem de servir o facto de ser figura pública. Que seja então para dar voz a um grito que sei ser de muitas que me estão a ler neste momento: CHEGA
!"

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Não se fica indiferente, nunca...

Atendeu o telefone entre soluços de choro. Não se fez nem de forte nem disfarçou. Continuou a chorar. Disse-lhe quem era, o motivo do meu telefonema, o dele estar a chorar. Disse-me que sim, que faria o que lhe pedi. Trabalho ou não, há telefonemas que custam fazer, que nos deixam de coração nas mãos. Nós jornalistas também sentimos, também já todos perdemos um amigo, ninguém retira prazer da dor de ninguém, nesta altura não interessa quem vai ter um exclusivo ou quem consegue explorar um ângulo diferente. A dor de se perder um amigo tem apenas um ângulo, um triste. Não se fica indiferente à dor de ninguém que nos a mostra de forma tão sincera. Há dias em que me custa muito, mesmo muito, fazer este trabalho.

Ainda não vos tinha contado...

Fui à melhor despedida de solteira do mundo e tive a honra de ser madrinha de casamento da minha melhor amiga. Foi tudo absolutamente lindo e pensado ao pormenor. E tenho dicas para quem precisar de ajudar as amigas a terem uma noite em grande antes do "sim" para sempre. (até lá podem já espreitar o site da empresa espectacular que me ajudou a concretizar tudo)  Até já

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Descansa Princesa... O céu tem mais um anjinho. Adeus Bia.


Foi pela Pólo Norte que conheci a Bia e soube da sua rara leucemia. Ofereci-me para fazer uma reportagem e tentar assim chamar à atenção para quem pudesse ajuda. E fiz. E houveram pessoas a ajudar. E fomos todos tornar-nos dadores de medula enquanto a Bia lutava por ficar cá. Assim que cheguei ao jardim de Cascais, o ponto de encontro, vi um anjinho saltitante de caracóis louros a correr na minha direcção. Antes de nada, antes que pudesse dizer olá, a Bia abraçou-me. Guardo o calor do abraço da Bia até hoje. E é assim que te recordarei, com a vida que me mostraste ter naquela tarde. Divertida e carinhosa a comeres o teu Calipo de morango e a derreteres o coração do fotógrafo meio durão que estava comigo. Descansa agora. E obrigada pelo abraço.

Real.


quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Palavra triste, esta deve ser uma das palavras mais tristes.

de·sa·pe·go |ê| 
substantivo masculino
1. Facilidade em deixar aquilo a que se tinha apego.
2. Indiferençadesinteresse.


terça-feira, 5 de agosto de 2014

Sobre isto, do Amor

"Amar é arriscar. Tudo. O amor é algo extraordinário e muito raro. Ao contrário do que se pensa não é universal, não está ao alcance de todos, muito poucos o mantêm aqui. Chama-se amor a muita coisa, desde todos os seus fingimentos até ao seu contrário: o egoísmo. A banalidade do gosto de ti porque gostas de mim é uma aberração intelectual e um sentimento mesquinho. Negócio estranho de contabilidade organizada. Amar na verdade, amar, é algo que poucos aguentam, prefere-se mudar o conceito de amor a trocar as voltas à vida quando esta parece tão confortável. Amar é dar a vida a um outro. A sua. A única. Arriscar tudo. Tudo. A magnífica beleza do amor reside na total ausência de planos de contingência.Quando se ama, entrega-se a vida toda, ali, desprotegido, correndo o tremendo risco de ficar completamente só, assumindo-o com coragem e dando um passo adiante. Por isso a morte pode tão pouco diante do amor. Quase nada. Ama-se por cima da morte, porquanto o fim não é o momento em que as coisas se separam, mas o ponto em que acabam. Não é por respirar que estamos vivos, mas é por não amar que estamos mortos. De pouco vale viver uma vida inteira se não sentirmos que o mais valioso que temos, o que somos, não é para nós, serve precisamente para oferecermos. Sim, sem porquê nem para quê. Sim, de mãos abertas. Sim... porque, ainda além de tudo o que aqui existe, há um mundo onde vivem para sempre todos os que ousaram amar..." José Luis Nunes Martins Investigador

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Vou sempre ser pequena aos olhos dele...


O meu pai não me viu crescer todos os dias. O meu pai descobriu tarde que eu não brincava com bonecas, que gostava de berlindes e de jogar à bola, e que preferia as roupas do meu irmão às minhas com lacinhos e fitinhas e  flores e folhos pirosos que eu odiava. O meu pai nunca me leu histórias para me adormecer. Mas deu-me tanto mais que as rotinas vulgares. O meu pai ensinou-me a achar que os Creedence Clearwater Revival eram fixes, que a Unchained Melody dos The Righteous Brothers haveria de ser sempre a música mais romântica do mundo dele e partilhou comigo a sua paixão secreta pela Nancy Sinatra. Obrigou-me a aprender a dar passos largos para o conseguir acompanhar a pé até ao café (e na vida). Ensinou-me que a vida tem cores para lá do opaco. Repetiu-me mil vezes que não preciso de maquilhagem para ser bonita. Deu-me liberdade para eu ser quem quisesse ser e ensinou-me a maior e melhor das verdades: o tempo pode ser tanto um amigo como um carrasco. "Nunca voltarás a ser tão jovem e tão bonita como és hoje", disse-me num dia, o único, em que me viu chorar sem ser por ter um joelho esfolado. E a frase, sempre que o dia fica cinzento ou a noite se torna negra, ainda me dá consolo. Obrigada pai. 

quinta-feira, 24 de julho de 2014

As palavras dos outros que apertam cá dentro

"Se alguém me perguntar, hei-de dizer que sim, que foi
verdade - que não amei ninguém depois de ti nem
o meu corpo procurou nunca mais outro incêndio
que não fosse a memória de um instante junto
do teu corpo; e que deixei de ler quando partiste
por não suportar as palavras maiores longe da tua boca;
e que tranquei os livros na despensa e tranquei a despensa,
acreditando que, se não me alimentasse, acabaria
por sofrer de uma doença menor do que a saudade, mas
a que os outros, pelo menos, não chamariam loucura.
Se alguém me perguntar, direi que foi assim, e não de
outra maneira, como alguns parecem supor - que permiti,
bem sei, que outros homens me amassem e me aquecessem
a cama, mas em troca lhes dei apenas um nome diferente
do que tinham e os vi partir desesperados a meio
da noite sem sentir maior dor que a de saber que, afinal,
também eles não existiam para além de ti; e que no dia
seguinte dava comigo a trautear sem querer essa canção
que amavas (como se ela, sim, se tivesse deitado
no meu ouvido), mas que a sua melodia, em vez
de me alegrar como antes, me escurecia mais a vida.
Se alguém me perguntar, nada desmentirei, nem negarei
que os frutos todos que me deram a provar na tua ausência
me pareceram demasiado azedos ao pé dos que explodiam
em sumo nos teus lábios; e que, por isso, nunca mais quis
um beijo de ninguém, nem sequer inocente, e não voltei
também a aceitar as flores que me traziam por me lembrar
que, em mãos assim, tão grandes para o afecto, o seu
perfume anunciava invariavelmente a chegada do outono.
E contarei por fim, se alguém quiser saber, que o teu silêncio
foi de tal densidade, de tal espessura, que não consegui
escutar nenhuma das vozes que vieram depois de ti e, pior
do que isso, me esqueci com indiferença das mais antigas,
pelo que as minhas noites se tornaram uma tão longa
e solitária travessia que ainda esta manhã acordei ao lado
da tua sombra e respondi baixinho, mesmo sem ninguém
me perguntar, que há coisas que uma mala nunca leva"

Maria do Rosário Pedreira.


segunda-feira, 16 de junho de 2014

terça-feira, 20 de maio de 2014

quarta-feira, 14 de maio de 2014

A culpa é da Disney

 Carl Philip, o único príncipe giro, faz hoje 35 anos. Nunca casou e namora com uma ex-stripper. A culpa das altas expectativas que criamos em relação a príncipes serem defraudadas é da Disney.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Quando as mães chegam àquela idade em que acham que podem dizer tudo como os malucos.

- "O namorado da minha filha é bem giro, olha lá para ele"
(rapaz calado que nem um rato)
- "Sim, já tinha comentado várias vezes que ele é muito bonito"
(tagarelam as duas na presença dos maridos, o rapaz continua calado que nem um rato)
- "Mas olha que a tua também se safou muito bem, o namorado dela tem aquela pinta que chamam sexy, é um homem muito bonito também"
(diz para a minha mãe)
- "É sim senhora! Olha que a minha filha sempre teve bom gosto a escolher homens"
(como se eu fosse fútil e escolhesse os homens só pelo aspecto físico)
A sério, MÃES, não falem dos atributos físicos dos nossos namorados à nossa frente, e se conseguirem,para não pagarmos todas as fatura a seguir não o façam à frente dos vossos maridos que eles depois acham que podem fazer o mesmo...)



quarta-feira, 9 de abril de 2014

Destas coisas do amor


"para estar junto não é preciso estar perto, e sim do lado de dentro."

Leonard da Vinci

terça-feira, 8 de abril de 2014

terça-feira, 25 de março de 2014

Vamos lá então revisitar Paris, desta vez de mãos dadas.

Para além do óbvio, sugestões de sítios para visitar que fujam aos mais turísticos, que esses já conheço. Alguém?

Confere :)


sexta-feira, 21 de março de 2014

Das merdas que me metem o sangue a ferver..

Desculpem a linguagem, mais vale avisar já que este post não é politicamente correto. Há merdas que me irritam! (Vêm como já escrevi merda duas vezes?) E pessoas que me tiram do sério. Os idiotas. A cima de todos, os idiotas. Não vale a pena argumentar com idiotas, muito menos discutir com eles. A estupidez não tem limites e é por isso mesmo que os idiotas ganham. Uma das estratégias tristes dos idiotas, a que me faz ferver o sangue ao ponto de deixar de discutir e só me apetecer mandá-los à merda e virar costas, é a burrice (arma poderosa para os idiotas) de para se justificarem, até quando não têm justificação ou ninguém lhes está a pedir uma, de fazerem comparações absurdas. É do mais deplorável e mostra a de falta de inteligência desta espécie. Em vez de um "ok, tens razão", coisa que ao idiota custa tripas e coração, ou de uma resposta minimamente válida, porque às tantas o idiota até, surpreendentemente, pode ter razão, o idiota vai fazer uma comparação de alhos quando discute bogalhos. Foda-se, isto é ser idiota. E agarra-se à comparação ridícula que fez e bate-se por ela até á exaustão, custe o que custar. Perca o que perder,ofenda quem ofender, magoe quem magoar, a qualquer preço. Lá está, o idiota é dotado de uma estupidez sem limites, vai sempre e mais além na estupidez. A sério, odeio idiotas deste género.

Love it, want it



terça-feira, 11 de março de 2014

E se te pedissem para beijares um estranho?

Adorei a ideia. Mostra que apesar de se usar o termo "técnico" um beijo é sempre uma partilha que inevitavelmente tem que acontecer. Vejam o vídeo

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Para não dizerem que não partilho novidades da blogosfera e que guardo os blogs bons só para mim :)

A Marta é daquelas mulheres cheias de personalidade e que nunca param quietas. Às quatro da manhã a trabalhar ainda tem genica para caraças e oferece sempre um sorriso franco. Tem bom gosto, boas ideias e partilha-as agora num blogue espectacular, só porque sim, como ela diz. Espreitem o Just Because que já está também ali na barra lateral dos meus favoritos.

Sem papas na língua diz #5

Ao telefone
- Olá estás boa?
-Pipoca: Não! Estou paralisada do lado direito. Pareço uma velha aos ais. Ou envelheci 30 anos durante a noite ou alguém me espetou uma faca nas costas enquanto dormia.
- Ahahahahha!!! Só tu! És mesmo destravada!
Pipoca - Achas graça. Eu aos ais e tu às gargalhadas?
- És mesmo engraçada!
- Pipoca: Não é engraçada, é enferrujada pá!

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Bom dia melhores leitores do mundo! De que tamanho é o vosso coração?

O eBook Dos Meus Saltos Altos está à venda em vários sítios: LeyaOnline, Amazon, Apple Store, Barnes & Noble, Fnac.pt, Gato Sabido, Google, IBA, Kobo, Livraria Cultura, Submarino, Wook, entre outros...

Ficam aqui alguns links directos: Apple ; AndroidKindle, Amazon ; Leya Online ;  Wook; 

Como disse no post anterior, o dinheiro, nem que venda só um livro ou dois, vai para uma instituição de solidariedade. Podem opinar sobre qual, no fim vamos a votação. Quem vai comprar?
Não é pelo preço, este é um eBook para quem anda com a crise agarrada ao bolso. 






segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Vamos ser solidários? Quem alinha? Sim, temos eBook!


O Dos Meus Saltos Altos já fez 5 anos. Foram tantos os posts, tantas as pessoas desse lado que me inspiraram e muitas vezes me deram alento para continuar, tantos textos, tantas mudanças.. Acima de tudo foram tantos os devaneios que olhem...virou livro!!! Não é um livro pretensioso, não é um gesto de egoísmo ou negócio, é apenas um eBook, com um custo simbólico de 1.99 euros, que vai reverter para uma instituição de solidariedade.
No eBook Dos Meus Saltos Altos podem encontrar um conjunto de alguns dos posts mais comentados destes anos, e os meus preferidos, mas como vocês são os melhores leitores do mundo, decidi partilhar textos inéditos, crónicas novas, algumas mais pessoas sem a "máscara" Pipoca Dos Saltos Altos.
Quanto à instituição a quem dar a receita das vendas, gostava que fosse uma que cuidasse de crianças. E nesse sentido peço que se souberem de alguma mais necessitada ou cujo trabalho conheçam, sugiram à vontade. Pensei inicialmente na Ajuda de Berço mas esta já tem, espero eu, muitas pessoas a ajudar.
O eBook Dos Meus Saltos Altos está à venda em vários sítios: LeyaOnline, Amazon, Apple Store, Barnes & Noble, Fnac.pt, Gato Sabido, Google, IBA, Kobo, Livraria Cultura, Submarino, Wook, entre outros...

Ficam aqui alguns links directos: Apple ; AndroidKindle, Amazon ; Leya Online ;  Wook; 

Agora vamos ao que interessa: quem vai comprar? 

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Das paixões, a total angústia e os traços que afinal não distinguem sexos...E ainda bem. (Post repetido. Hoje voltou a fazer sentido.)

O início de uma paixão é das fases mais angustiantes, apesar de salpicada a emoções que nos deixam com aquele sorriso parvo na cara, que se podem viver. É a fase de todas as dúvidas, dos receios, das inseguranças. Sabe bem? Sim sabe, mas que causa angústia é um facto. Uma total agonia, e até um puto de oito anos sabe disso

Tal como um amigo me me dizia ontem, é a fase mais pateta que se vive. "É acordares e pensares nela, quereres saber se já acordou, se dormiu bem, se já vai a caminho do trabalho. É ouvires-lhe a voz como forma de iniciares o dia. É a fase em que te sentes inseguro. É ires na rua com ela e meteres os braços para baixo e pensares: assim se ela quiser pode dar-me a mão, está aqui a jeito. Será que me vai dar a mão na rua? Se sim é porque gosta de mim?".
Por muito que estas perguntas possam parecer ridículas todos as fazemos para dentro. "É quereres falar com ela a toda a hora. É angustiares porque lhe ligaste e ela não atende, mesmo que só tenham passado cinco minutos. Porque é que ela não ligou ainda de volta?".
Depois de o ouvir falar da rapariga por quem está apaixonado, acabou por me confessar que se sente muito inseguro:
"As coisas são complicadas. Isto está a ser demais, e eu não gosto de coisas complicadas..." Perguntei-lhe se ela sabia o que ele sentia."Sabe, e até já estivemos juntos várias vezes..."
Eu que sou um desastre com pernas, e meto sempre os pés pelas mãos nestas coisas, limitei-me a deixá-lo falar.
"As pessoas se gostam gostam", continuava ele.Uma vez que já estiveram juntos várias vezes e que parece que a situação nem ata nem desata atirei-lhe a pergunta: Mas ela tem alguém? "Não mas ainda não esqueceu o ex namorado. Uma história mal terminada".
Foi aqui que me calei. Se por uma lado acho que as histórias mal terminadas não deviam ter espaço na vida de ninguém, por muito que custe ter aquela conversa final, a de rebentar a corda para depois de seguir em frente sem amarras, por outro acho que quando é mesmo paixão o passado perde na balança. E antes de me passar pela cabeça dizer-lhe o que estava a pensar, disse-o ele, com palavras que poderiam ser as minhas, as que tinha para lhe dar.
"Acho que quando alguém mexe o suficiente...o passado enterra-se. Ou te apaixonas ou não, é simples. Apaixonas-te do nada sem data marcada, não precisas de x período de tempo para esquecer ninguém, porque uma pessoa nova invade automaticamente esse lugar. Tenho a minha teoria: se gostas de alguém, se mexe assim tanto contigo, tudo o resto passa para segundo plano. E eu gosto de paixões fortes, que surgem do nada e apagam passados, as que te obrigam a dar passos largos sem olhar para trás. Daquelas em que fechas os olhos, apesar de estares cheio de medo, e atiras-te, por querer. Só assim as coisas fazem sentido para mim. Queima-se a paixão enquanto há madeira para arder e espera-se que antes de sobrarem só cinzas tenha nascido Amor".

E sim, é o que todos esperamos, o que queremos.
Espero que ele não se magoe, espero que a paixão seja correspondida, porque sei que é daquelas pessoas que se entrega, sem reservas. E concordo com ele, há que viver intensamente as paixões, sem amarras, de cabeça livre, por querer, por vontade. E acima de tudo, mostrar isso à outra pessoa. Que a queremos, ali, agora, amanhã. E é por isto que sei que apesar de muitas vezes afirmarmos que somos mais emocionais que eles, mais inseguras, mais complicadas, há homens que tal como nós vivem a fundo a angústia do início de uma paixão, naquelas semanas em que não fazemos ideia do que fazer, o que dizer. Se avançamos ou não, se nos damos. E são estes os homens que valem a pena. Os que sabem chorar, os que não têm problemas em dizer em voz alta o que sentem, os que fazem questão de em gestos nos mostrar o que significamos. Os que não escondem emoções. Os que mostram alguma fragilidade quando a sentem. Os que pegam no telefone e ligam só porque nos querem ouvir a voz. Só porque sim. Por querer. Por vontade. E a vida é feita disto, de emoções, de paixões, de sonhos, de partilhas, ainda que com rasgos de angústia de vez em quando. E no fim esperamos olhar para trás e dizer que sim, que valeu a pena.

Tão cool!!!!


quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Aleluia, exclamam vocês, os mais fiéis e maravilhosos leitores da blogosfera!!!

Rendi-me, depois de espernear e dizer "eu não eu não" lá criei uma página da Pipoca Dos Saltos Altos no facebook. A verdade é que nem sempre tenho o tempo que gostava para escrever aqui. Assim, de maneira mais rápida (e de certeza com muito mais parvoíce) podem também acompanhar a Pipoca aqui: https://www.facebook.com/dosmeussaltosaltos

Vá, tudo a meter gosto na página. Não sejam tímidos! Até já

Problema de longevidade resolvido!


sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

A propósito da febre do dia de São Valentim (para o Alexandre)

Eu a ti amo-te todos os dias! Gosto tanto desta nossa foto...

O MEC é que sabe.

Declaração de Amor
 
"Quem é que tem a sorte de ter um amor dele ou dela que ama ou que tem, seja amado ou amada? Tenho eu e conheço muitas pessoas que já têm ou que vão ter. Mas, tal como todos os outros apaixonados e todas as outras apaixonadas, desconfio, com calor na alma, que ninguém tem o amor que eu tenho pela Maria João, meu amor, minha mulher, minha salvação.
O amor sai caro - medo de perdê-la, medo do tempo a passar, medo do futuro - mas paga-se sem se dar por isso. Mentira. Dá-se por isso só nos intervalos de receber, receber, receber e dar, dar, dar.
Basta uma pequena zanga para parecer que todo aquele amor desmoronou: "Onde está esse teu apregoado amor por mim (de mãos nas ancas), agora que eu preciso dele?"
Quanto maior o amor, mais frágil parece. Quanto maior o amor, mais pequeno é o gesto que parece traí-lo. Mas com que alegria nos habituamos a viver nesse regime de tal terror!
Maria João, meu amor: o barulho que faz a felicidade é ouvires-me a perder tempo a resmungar e a pedir que tudo continue exactamente como está, para sempre. Que nada melhore. Que não tenhamos mais sorte do que já temos. Que nada mude nunca, a não ser quando mudamos juntos. E que fiquemos sempre não só com o que temos mas um com o outro.
É este o tempo que eu quero que dure, tu és o amor que eu tenho. Nunca te demores quando estás longe de mim, tem sempre cuidado, trata-te nas palminhas, que, cada vez que olho para ti, o meu coração cresce e eu amo-te cada vez mais. "

Miguel Esteves Cardoso, in 'Jornal Público' (14 Fevereiro 2013)

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

É só, voltem mais tarde.

Putas das hormonas que se juntam todas para me massacrar ao mesmo tempo. Uma pessoa ás tantas já não sabe se está triste porque pode, sem querer, se é do tempo se sabe-se lá. Ou se são só as hormonas que estão malucas. Rai's parta.

Era tempo de o romance, no que a palavra significa, voltar a estar na moda.


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

"Este país não é para velhos", nem para ninguém...

Ruy de Carvalho, recebeu uma carta das Finanças, a ser informado que já não é "artista" e deixou a sua indignação por escrito. Este é uma das pessoas que a minha profissão me deixou conhecer pessoalmente. Gosto dele, da sua genica, da sua sensibilidade e da maneira queria de chamar "minha filha" ternamente antes de confidenciar alguma coisa. É ler. Quem manda neste país envergonha-nos a todos...
"Senhores Ministros:
Tenho 86 anos, e modéstia à parte, sempre honrei o meu país pela forma como o representei em todos os palcos, portugueses e estrangeiros, sem pedir nada em troca senão respeito, consideração, abertura – sobretudo aos novos talentos -, e seriedade na forma como o Estado encara o meu papel como cidadão e como artista.
Vivi a guerra de 36/40 com o mesmo cinto com que todos os portugueses apertaram as ilhargas. Sofri a mordaça de um regime que durante 48 anos reprimiu tudo o que era cultura e liberdade de um povo para o qual sempre tive o maior orgulho em trabalhar. Sofri como todos, os condicionamentos da descolonização. Vivi o 25 de Abril com uma esperança renovada, e alegrei-me pela conquista do voto, como se isso fosse um epítome libertador.
Subi aos palcos centenas, senão milhares de vezes, da forma que melhor sei, porque para tal muito trabalhei.
Continuei a votar, a despeito das mentiras que os políticos utilizaram para me afastar do Teatro Nacional. Contudo, voltei a esse teatro pelo respeito que o meu público me merece, muito embora já coxo pelo desencanto das políticas culturais de todos os partidos, sem excepção, porque todos vós sois cúmplices da acrescida miséria com que se tem pintado o panorama cultural português.
Hoje, para o Fisco, deixei de ser Actor…e comigo, todos os meus colegas Actores e restantes Artistas destes país – colegas que muito prezo e gostava de poder defender.
Tudo isto ao fim de setenta anos de carreira! É fascinante. Francamente, não sei para que servem as comendas, as medalhas e as Ordens, que de vez em quando me penduram ao peito?
Tenho 86 anos, volto a dizer, para que ninguém esqueça o meu direito a não ser incomodado pela raiva miudinha de um Ministério das Finanças, que insiste em afirmar, perante o silêncio do Primeiro-Ministro e os olhos baixos do Presidente da República, de que eu não sou actor, que não tenho direito aos benefícios fiscais, que estão consagrados na lei, e que o meu trabalho não pode ser considerado como propriedade intelectual.
Tenho pena de ter chegado a esta idade para assistir angustiado à rapina com que o fisco está a executar o músculo da cultura portuguesa. Estamos a reduzir tudo a zero… a zeros, dando cobertura a uma gigantesca transferência dos rendimentos de quem nada tem para os que têm cada vez mais.
É lamentável e vergonhoso que não haja um único político com honestidade suficiente para se demarcar desta estúpida cumplicidade entre a incompetência e a maldade de quem foi eleito com toda a boa vontade, para conscientemente delapidar a esperança e o arbítrio de quem, afinal de contas, já nem nas anedotas é o verdadeiro dono de Portugal: nós todos!
É infame que o Direito e a Jurisprudência Comunitárias sirvam só para sustentar pontualmente as mentiras e os joguinhos de poder dos responsáveis governamentais, cujo curriculum, até hoje, tem manifestamente dado pouca relevância ao contexto da evolução sociocultural do nosso povo. A cegueira dos senhores do poder afasta-me do voto, da confiança política, e mais grave ainda, da vontade de conviver com quem não me respeita e tem de mim a imagem de mais um velho, de alguém que se pode abusiva e irresponsavelmente tirar direitos e aumentar deveres.
É lamentável que o senhor Ministro das Finanças, não saiba o que são Direitos Conexos, e não queiram entender que um actor é sempre autor das suas interpretações – com diretos conexos, e que um intérprete e/ou executante não rege a vida dos outros por normas de Exel ou por ordens “superiores”, nem se esconde atrás de discursos catitas ou tiradas eleitoralistas para justificar o injustificável, institucionalizando o roubo, a falta de respeito como prática dos governos, de todos os governos, que, ao invés de procurarem a cumplicidade dos cidadãos, se servem da frieza tributária para fragilizar as esperanças e a honestidade de quem trabalha, de quem verdadeiramente trabalha.
Acima de tudo, Senhores Ministros, o que mais me agride, nem é o facto dos senhores prometerem resolver a coisa, e nada fazer, porque isso já é característica dos governos: o anunciar medidas e depois voltar atrás. Também não é o facto de pôr em dúvida a minha honestidade intelectual, embora isso me magoe de sobremaneira. É sobretudo o nojo pela forma como os seus serviços se dirigem aos contribuintes, tratando-nos como criminosos, ou potenciais delinquentes, sem olharem para trás, com uma arrogância autista que os leva a não verem que há um tempo para tudo, particularmente para serem educados com quem gera riqueza neste país, e naquilo que mais me toca em especial, que já é tempo de serem respeitadores da importância dos artistas, e que devem sê-lo sem medos e invejas desta nossa capacidade de combinar verdade cénica com artifício, que é no fundo esse nosso dom de criar, de ser co-autores, na forma, dos textos que representamos.
Permitam-me do alto dos meus 86 anos deixar-lhes um conselho: aproveitem e aprendam rapidamente, porque não tem muito tempo já. Aprendam que quando um povo se sacrifica pelo seu país, essa gente, é digna do maior respeito… porque quem não consegue respeitar, jamais será merecedor de respeito!"
RUY DE CARVALHO

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Destas coisas do amor e de gostar de alguém...



Que não tem hora para chegar nem avisa quando te entra vida adentro. Das imperfeições de outro que te fazem sentido, te irritam enquanto aumentam o gostar pelo simples facto de o gostar se fazer instalar até quando te irrita e essa irritação é também um gostar do tormento que te causa alguém que amas. Fomos programados para gostar de alguém e podemos bater o pé à vontade e até gostarmos de alguém contrariados mas isso não apaga o facto de que sim, que gostamos. E é a criação de laços entre seres humanos que dá sentido à vida e são as memórias dos momentos partilhados as marcas nas vidas das pessoas com quem nos cruzámos que permanecem após nós já cá não andarmos. E se na lógica arranjamos sempre mil e uma razões para não gostar de alguém, ou achar que não é o suficiente, o coração não se deixa enganar. O coração quer o que quer e raramente se engana. Já a razão...essa é fácil de mascarar com mil e uma coisas que nada tem a ver com gostar. Mais vale seguir o coração, já que é único que não tem dúvidas.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

E se por acaso...

Aparecesse aí um livro para comemorar os 5 anos do blogue, com textos novos incluídos e uma capa super catita, muito baratinho, em formato Ebook, com o lucro a reverter para a solidariedade?

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014