quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

É tempo de aprender...


É tempo de aprender. Já vou tarde. É tempo de começar a ter em conta, sempre em primeiro lugar, que o facto de eu nunca deixar de fazer o melhor que sei ou posso pelos outros nunca vai ser a condição de ser tratada da mesma maneira. As pessoas são diferentes, valorizam coisas diferentes. O sentido da vida não é igual para todos. Uns acumulam pessoas, outros preferem acumular coisas. Uns tocam a vida de alguém sempre que podem outros nem vêm que isso é o que os diferencia da manada. Não somos todos iguais e é mesmo tempo de eu despir o raio do cliché de avaliar os comportamentos que os outros têm comigo pelos que eu seria ou não capaz de ter com eles. Em tudo. Há as que fazem uma coisa por outra pessoa e passam o resto da vida a atirar-lhes isso à cara, o que faz com que estejam constantemente a pagar a factura. Há os que fazem coisas por pessoas, que por serem tão egoístas, nem dão conta do que lhes foi dado, não agradecem não nada e se acaso lhes for lembrado, para não haver cá agradecimentos, escudam-se que não pediram nada, que não precisam, que não lhes fazia falta. As pessoas não são todas iguais. E são sempre as mais egoístas, que vão sempre invocar que não te pediram nada, que mais coisas te vão meter a fazer por elas e que se vão sempre recusar a admiti-lo para que assim nunca esperes que façam nada por ti. As pessoas não são todas iguais. Eu escolho sempre fazer  o melhor que sei, que possa dar e que esteja ao meu alcance, mesmo que nunca me seja retribuído. E sei sempre ser grata quando fazem algo por mim. Por isso, nunca me chamarão, com razão, mal agradecida. Mal agradecidos são aqueles que não tem a capacidade ver o alcance das coisas que não te pedem que faças  mas que esperam como garantidas. O que faço pelos outros tem tudo, só não tem um preço. 




3 comentários:

Rosa Cueca disse...

Dizes isso "todos" os anos.
Algumas pessoas têm na natureza dar e ser assim :) e mesmo que não seja sempre tudo fifty-fifty, sentimo-nos melhor connosco a dar, do que a retrair.

Pipoca Arrumadinha disse...

Muito bem dito sim!

Andorinha disse...

Eu gosto mto mais de ajudar do que de ser ajudada, mas detesto que me comam por lorpa.
Não costumo pedir ajuda, é raríssimo. Mesmo mto raro, não gosto de pedir ajuda. MAS, se eu precisar, e aqueles a quem ajudei cagarem literalmente do alto pra mim ou me disserem algo ao estilo: eu nunca te pedi nada, ou como me disse um gajo uma vez "a minha mulher tá grávida" - nunca percebi como é que a gravidez dela lhe afectava o facto de ele poder ajudar-me a pintar a casa - minha amiga, é primeira e última vez. NUNCA mais me vêem os dentes. Risco fora. Quisás por isso possa dizer que sim, tem um preço. Não tem um valor monetário, mas tem o preço da minha amizade, e trust me, sem modéstia nenhuma, não se fazem mtos amigos como eu. beijos