quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Ficou tarde e eu sempre tive medo do escuro.





Ficou tarde. Entardecemos. Não contaste as horas. Sempre assim foste, não olhas para o relógio. Não te interessa o fim de nada, nem da luz do dia - nem gostas que te aqueça a cara, que coisa impensável para quem não se distrai do seu umbigo. Mas achas que tens tempo, sem te perguntares quando tempo ele dura. Entardecemos. Tenho saudades do sol. Ficou tarde e eu sempre tive medo do escuro.

Naquele momento pensei: sim, o amor esgota-se.