E chega o dia em que ouves o barulho do trinco da porta a anunciar que a fechaste. E um dia o que era um drama passa a ser uma contrariedade esquecida. E um dia o que te derrubou no passado é alicerce firme para o futuro. E um dia as palavras que te gritaram dentro da cabeça já não chegam a murmúrios. E no dia em que ouves o trinco da porta a fechar sabes que nunca a voltarás a abrir. E um dia vai saber-te bem teres a certeza de que não queres ver o que restou do outro lado. E um dia vais dar por ti a recusar entrar, mesmo que te tenham feito o mais elaborado dos convites. E nesse dia soltas as amarras e respiras a plenos pulmões. E nesse dia, de peito cheio, dizes-lhe que não, outra vez, mais uma vez, definitivamente.
9 comentários:
Oh Meu Deus, tão perfeitinho =')
É esse dia que no início não acreditas que há-de vir, mas vem e olha que sabe lindamente. Também dei conta desse dia. Força.
E um dia eu vou sentir-me assim.
Pipoquinha, a Pólinho é amiga e dá-te dicas. Vai ao meu estaminé.
É mesmo isso! às vezes pode demorar, mas esse dia chega!
Há vezes em que tem de ser assim!
Chaves do Areeiro rula!
E mai nada...
Esse dia já esteve bem mais longe ;)
Entretanto muitas outras portas esperam um dia ser abertas. Onde andam a merda das chaves?
eu sei que inevitavelmente temos de seguir em frente e fechar umas portas para que outras se possam abrir, mas não te fica a sensação estranha de vazio? não um vazio de falta de alguém mas de não compreensão da fragilidade das relações humanas e da precariedade das mesmas. Sim é prefeitamente possivel deixarmos de gostar de alguém e ficarmos quase indiferentes a quem já demos e sonhámos tudo, mas não é assustador isso? e curiosamente ao mesmo tempo dá serenidade saber que temos essa força caso seja necessário. enfim... humanos !
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