sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Recado ao senhor cardeal Manuel Monteiro de Castro

É por causa de gentalha como você que eu deixei de fazer parte da empresa igreja. É preciso ter muita lata e muita falta de consciência para dizer tanta barbaridade junta. Já agora, eu também creio que seria mais humano não deixar pessoas morrerem à fome do que engordar a "empresa" mais rica, e cínica, do mundo. Vergonha.

19 comentários:

M.M. disse...

Mas isto não tem necessariamente a ver com a Igreja, mas sim com a mentalidade do senhor. Há muitas pessoas na Igreja com mentalidade actual e que lutam para haver uma mudança e para que a Igreja acompanhe os tempos modernos.
Mas se toda a gente que acredita na mensagem de Deus mas nao concorda com o Vaticano virar as costas aí sim é que a Igreja nunca vai mudar... em vez de abandonar o barco, temos de lutar para que a mudança surja ;)

Maria disse...

Eu também sou contra (se calhar de uma forma até demasiado crítica), à Igreja. E sempre a frequentei (catequese e até crisma). Mas a partir dos momentos em que se tem que fazer funerais a familiares torna-se ridículo o que se escuta nas missas e o que é necessário para funerais... como se fosse fazer alguma diferença. Quanto à posição das mulheres, é triste ver essa opinião. Como se os pais (homem), fossem só para "cobrir" a fêmea. A mensagem é importante mas parece que confina a mulher à cozinha e ao lar. Eu nem sequer sei se quero ter filhos quanto mais ficar confinada a um espaço. Um tristeza é o que é.Mas da mesma forma que acho isto fútil, também acho os casamentos. De branco e na igreja...como se nos outros dias fossem à missa e como se fossem virgens. Enfim, pano para mangas dear Saltos Altos :) "Felizmente" penso que as pessoas estão a ficar mais científicas e menos religiosas...

JP disse...

Recado à Pipoca: na minha humilde opinião, retirou do infeliz título que puseram à peça do Público o que quis, e não quis perceber o que se lá dizia.

O homem não disse que a função essencial da mulher é ser mãe.

O que ele disse, e que é bem diferente, é que a mulher é essencial nessa função.

Certo é que hoje em dia, nem pais nem mães conseguem acompanhar devidamente o crescimento e desenvolvimento dos seus filhos, pelo que perdem momentos importantes na formação e nas descobertas. Mercê das vidas que levamos, esses momentos são vividos pelos funcionários das creches e infantários.

Aos pais sobra o fim-de-semana e é quando se conseguem manter minimamente acordados. Não é um problema de agora, mas tem tendência a agudizar-se porque trabalhamos cada vez mais. E é esse o problema que ele aponta.

S* disse...

Meu deus, que vergonha de escolha.

Aflito disse...

O trabalho da mulher é ficar em casa a ensinar os putos. E o trabalho dele é enraba-los quando não estão em casa com as mães, é? :|

Aflito disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

p acaso acho q ele tem razao...no estado em q esta o pais muita gente tem 2 empregos. O q ele diz é q cada vez menos apoiamos as familias, cada vez mais as crianças nao tem apoio nenhum em casa, chegam a escola sao mal educados e nao tem regras nenhumas. Tenho a certeza q mães ou q o queiram sem em breve concordam com q ele diz. ele não pede para ficarmos tipo reclusas em casa!Ou não acham normal q as 17/18h não era uma boa hora para os ajudar nos deveres de casa, e preparar um jantar equilibrado?

B. disse...

Ora aí está - empresa mais rica. Tudo dito! Não me esquecerei nunca quando o padre da paróquia da minha avó reclamou da entrega de umas roupas (todas em excelentes condições) que levou para os pobres e de ele reclamar que devia era ter levado dinheiro. A minha própria avó se afastou dessa empresa...

Alex disse...

Eu concordo que a sociedade não valoriza como devia as mães a tempo inteiro. E devia.

Pipoca dos Saltos Altos disse...

Procurem as entrevistas completas, foram duas. Não está nada fora do contexto. Não se trata de medir o pepel da mulher na educação dos filhos, e na minha opinião ela deve ser patilhada de igual forma, mas trata-se de não saber avaliar sequer a condição em que vivemos em Portugal nesta altura. E sim, as mulheres devem ter o mesmo direito a uma carreira que os homens! E uma família, idealmente, cria-se a dois, com um pai presente. E se for o pai a sair mais cedo do trabalho não lhe caem os parentes na lama se fizerem o jantar e derem banho os filhos. detesto machismos. E este senhor retrógado devia avaliar o que diz, publicamente, antes de dar estas argoladas.

Pipoca dos Saltos Altos disse...

José Piçarra, afinal estamos a falar do casal, na tua opinião, certo? É que escreveste, e muito bem, sempre no plural. Sim, é triste termos pouco tempo para os filhos, mas a mulher deve mesmo não trabalhar ou fazê-lo em horário reduzido? Porque não o homem? E achas que a frase: “O trabalho da mulher a tempo completo, creio que não é útil ao país", não tem uma carga negativa? Pensa lá bem...o trabalho da mulher não é "útil"? Eu, com o meu trabalho, e sou mulher, produzo muito mais, sou maus útil, que muitos homens na mesma profissão. E acho a minha profissão mais útil que a deste cardeal.

Pipoca dos Saltos Altos disse...

E a preocupação do senhor com os maridos é terna, que queridinho : "Mas se a mãe tem de trabalhar pela manhã e pela noite e depois chega a casa e o marido quer falar com ela e não tem com quem falar… Isto é, uma família bem organizada é uma base fundamental para um país.” A PREOCUPAÇÃO DO MARIDO NÃO TER A QUEM, ASSIM QUE CHEGA A CASA, ENCHER OS OUVIDOS? ISSO SIM É UM PROBLEMA NA SOCIEDADE!

JP disse...

Pipoca: tens toda a razão. Seja a mulher, seja o homem, a verdade é que os pais (o casal) trabalham muito e têm pouco tempo para os filhos.

Pegando no que apareceu no Público e no que aqui está (http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=528241&tm=8&layout=122&visual=61), penso que não restam muitas dúvidas sobre o que o homem quis dizer: expressou preocupação com o valor "família".

A questão não está no direito à carreira, nem no direito a um trabalho a tempo inteiro. Está no que isso significa nos dias de hoje - os horários são exigentes (todos sabemos que os limites constantes do código do trabalho são ficção pura) e o salário não aumenta, são as queixas transversais a toda ou quase toda a população. A qualidade de vida de um pai e o seu tempo com um filho estão automaticamente colocados em causa. E isso para um pai é muito complicado.

Sim, é certo que o senhor usou o exemplo da "mãe". Mas podia trocá-lo pelo "pai", que continua a ser certeiro. Temos tempo de sobra para o trabalho e a menos para os nossos entes queridos.

JP disse...

Ah, e quanto à parte do trabalho ser "útil", claro que concordo contigo - o trabalho da mulher é sempre tão ou mais útil que o do homem, e nunca menos.

Todavia, que tal não sirva para qualificarmos de inútil uma mulher que opta por ficar em casa a trabalhar, ou opta por trabalhar menos, ou mesmo por não trabalhar de todo, para se dedicar aos filhos. São perspectivas e projectos de vida.

Stiletto disse...

Olha estou com o José Picarra. O que Manuel Monteiro de Castro quer dizer é que hoje em dia não há tempo para a família. As crianças crescem entregues às empregadas, avós, escolas.. Totalmente desacompanhadas pelos pais, de quem tanto precisam. Quando, e se quiseres, ter filhos, vais perceber que é impossível compatibilizar uma carreira fantástica com acompanhamento aos filhos. Não é a chegar a casa às 8 da noite que os educas. Alguma coisa terá de ficar para trás. Era só isso que ele queria dizer. Nunca disse que a função da mulher era a procriação e só isso.
E obviamente que faz mais falta à sociedade crianças bem acompanhadas e estruturadas, que pais a trabalharem que nem uns mouros e sem tempo para eles ou para os filhos.

Bjs

Petra disse...

Na minha opinião acho que a licença de maternidade devia ser maior, e que deviam haver outras políticas laborais para que possamos "casal" estar mais algum tempo com os filhos.
Agora quanto as declarações do senhor cardeal... Dizes muito bem "engordar" a empresa mais rica...
porque enquanto os pobres morrem a fome, os padres engordam aquela barrigaça gorda que nem um tambor e se os deixarem como já foi dito dão um belo trato aos miúdos.

Anónimo disse...

Mania de dizer mal da Igreja. Caramba. O homem está a falar do valor família. E para os Católicos é assim que a família funciona. Não gosta, não come. Mas não é preciso andar a cuspir em cima. É o dizer mal por dizer, e atrair atenções (o que foi conseguido, diga-se de passagem).
Tu achas que a tua profissão é melhor que a do Cardeal. Eu acho que a minha é mais importante que a tua. Olha, paciência.

Pipoca dos Saltos Altos disse...

eu, ficas com a tua opinião e eu com a minha. Certo?

Anónimo disse...

Claro, nem poderia ser de outra maneira. Deus me livre... OH WAIT.