quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Contas feitas

Com mais um ano a chegar ao fim, é quase impossível, num momento mais solitário, não começarmos a fazer o maldito "balanço" do ano. 20009 foi um ano chato, meio pateta. Não me aconteceu nada digno de registo. "Ah e tal o que fizeste em 2009?" e teria que responder: nada de jeito.
É verdade que viajei imenso, que fiz novos amigos (daqueles que à primeira vista nos entram logo para o coração), mudei de emprego, mas ainda assim, não houve grandes mudanças na minha vida. Ao contrário de 2008, em que tudo aconteceu, para o bem e para o mal, este ano foi só mais uma mão cheia de dias que passaram.
Deve ser a minha teoria de que os números ímpares são uns filhos-da-mãe.
Que 2010 seja mais simpático! Bom ano a todos!

Não resisti

A Nereida, que está a acabar um curso de nutrição, diz que comer fruta à noite engorda. No entanto, vai passar a noite de fim-de-ano na terra de uma conhecida banana... (a da Madeira, não sejam perversos)

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

E foi assim, já sem réstea de dignidade...que levei outra tareia de mamas

Bem, a Miss Complicações já tinha falado sobre o assunto no blogue dela, (de onde lhe roubei umas fotos) mas como também já não é a primeira vez que levo uma "tareia de mamas", e não sou menina para me deixar assustar por estas coisas, aqui ficam as fotos da decadência em que acabou a minha festa de aniversário. O meu próprio irmão esqueceu-se que era eu, irmã de sangue, que estava em palco, e era vê-lo a fazer vídeos com uma ar embasbacado. Agora ando a ser vítima de chantagem, por ele e pela Miss, que dizem que vão dar as fotos à minha mãe. E então ela não sabe a filha que tem? Também recebi, entre outros presentes maravilhosos, este kit da Woman's Secret. Uma máscara de cat woman, um chicote e uma ampulheta...só me falta a vítima.
De frisar que no Maxime ainda levei um beijo do Manuel João Vieira, que desconfio que só toma banho uma vez por mês, e que era a única haja a saber as letras das músicas dele. ("ai Lita era uma linda princesa que vivia num castelo cidadal lá lá lá).
O melhor de tudo é poder juntar os meus amigos todos à mesa, fazer uns brindes, dar umas gargalhadas e tentar não pensar que já tenho idade para ter juízo.






segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Hoje acordei com isto na cabeça.

A porra da música é viciante. Confesso que nem conhecia o grupo, mas uma destas noites vi o vídeoclip no Hard Rock Café e entranhou-se.
Sim meus amores, vou falar de Natal e da festinha de aniversário. Os mais curiosos podem espreitar no blogue da Miss Complicações. Perdi a réstia de dignidade que tinha, pronto.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

E a modos que é isto

Diz que sim, que faz hoje 27 anos que a Pipoca nasceu. E para acabar com a depressão de estar mais velha ou ali jantar com os meus amigos, sim?


terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Cada um tem o espírito natalício que lhe apetecer

Finalmente a gozar uma merecida semana de folgas, tenho andado entre a ronha do sofá, a devorar livros, a meter os cafés sociais na ordem do dia e a fazer compras. Eu bem sei que devia comprar os presentes de Natal mas sempre que vejo coisas giras quero-as para mim. Assim sendo, e porque sou a pessoa mais importante da minha vida, estou em clara vantagem nas compras feitas. Um vestido, umas calças de cabedal justérrimas, umas quantas braceletes, umas cenas giras para o cabelo, umas botas, um chapéu, uma mini-saia e mais umas quantas tarequices. Portei-me bem o ano inteiro, mereço, e acima de tudo, eu não sou o Pai Natal. Pronto.
E agora vou ali ao cabeleireiro e quiçá levar uma massagem. Feliz Natal a todos, sim?

Hoje o céu ganhou mais uma estrela

Brittany Murphy



quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Alugo-me para jantar!

Não me apetece cozinhar, é o que é.

Sem papas na Língua diz: #4

Amanhã vou ver se vou à missa ver se o padre vai dizer que o sismo foi o sinal enviado por Deus, no dia em que o governo pretende legalizar o casamento homossexual...

My dear P.

Pedido de desculpas públicos à Fany

Fany, desculpa ter-te acusado de andares a rebolar com coisas debaixo do sofá, pronto, desta vez era um tremor de terra.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O melhor espírito natalício

"QUERIDO PAI NATAL, AGRADECIA QUE ME ENVIASSES UM IRMÃO PEQUENINO"

Resposta do Pai Natal: "ENVIA-ME A TUA MÃE"

E como diz o meu querido Zé Coimbra

A isto já não se chama frio, chama-se falta de respeito!

Quando é que vem o Verão?

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Vamos falar de sexo?

Vamos falar de sexo? Sim, de sexo.
Ao contrário do que muitos homens pensam, e infelizmente muitas mulheres fazem questão de atestar como verídico para terem na testa o rótulo de púdicas, vantagens que desconheço a este espécie, as mulheres gostam tanto ou mais que vocês de sexo. Falamos de sexo, precisamos de sexo (até porque dizem que faz bem à pele) e pensamos em sexo tanto como vocês. Quando olhamos para um homem, um que nos desperte interesse, não pensamos em primeira instância se será um bom marido, nem se será um bom pai, chefe de família...tentamos logo imaginar-vos na cama. Está dito!
Os homens têm a tendência, não sei se inconsciente se quase inata, de nos colocar apenas em duas categorias. As "boa cama" para uma noite e as "santas" para mães dos vossos filhos. Com as primeiras, segundo o que muitos de vocês pensam, é o vale tudo. São as "gandas malucas", as que alinham em tudo, as que vocês querem que alinhem em tudo, sem grandes cuidados, sem promessas, até porque não é para durar. Para as segundas há um pudismo que é só vosso. A boca que vai beijar os meus filhos não faz broches.
Mais, com as primeiras vocês querem uma noite do caraças, um troféu da vossa masculinidade. Com as segundas imaginam uma casa com crianças, vocês no topo da mesa.
Vamos lá falar a sério, deixemos-nos de merdas.
Todas as mulheres, sem excepção (ok, excepção para as muito beatas/púdicas e inseguras do seu corpo, as que se castram a si mesmas) gostam de serem bem comidas. As mulheres gostam de ser alvo de desejo e mais...de satisfazer as nossas/nossas fantasias. A sexualidade é isso mesmo, é a vontade, o desejo, a química que urge em ser queimada.
Outra coisa que me faz alguma confusão, quando nos levam para a cama já com o rótulo, é a diferença no tipo de sexo. As bonitas, com ar de bonecas, delicadas, e que imaginam como mães dos vosso filhos são para ser comidas devagarinho, de maneira delicada, com cuidados redobrados, palavras doces, festinhas no cabelo e lábios colados durante quase todo o acto. As outras é para o que elas deixarem, é para o sexo mais animal, é para a loucura. São para serem comidas por trás, para tentar umas quantas posições do kamasutra, para testar limites, para o dirty talking e o "diabo a sete".
Vamos lá esclarecer isto de uma vez por todas: Nós também gostamos de beijos doidos e paixões vadias. Por mais ar de boneca delicada que uma mulher possa ter, ela quer sentir-se desejada. Ela não é de porcelana, quer ser atirada contra a parede, possuída mesmo ali. Não somos de vidro, não nos vamos partir em mil pedaços por bater com as costas numa parede fria. Queremos ser vossa num beco escuro e sujo de uma rua qualquer. Queremos ser invadidas sem parlapiers antes. Só porque sim, porque ambos querem. Queremos saltar preliminares, dispensar panos quentes. Queremos viver uma cena tórrida ao estilo de "Sete Dias Sete Noites", ter um orgasmo à chuva, numa noite escura, num sítio qualquer, numa cidade imunda. Dispensamos algumas das justificações que vocês teimam em nos dar, respostas a perguntas que não fizemos. Não queremos saber das vossas histórias do passado, todos as temos, queremos-vos a vocês, ali, naquele momento. Gostamos de um ou outro acto de superioridade física vossa, de sermos agarradas, de um bom amasso, que nos segurem, sem grande delicadeza, os cabelos.
Pronto, no fim, se gostarem mesmo muito de nós, podem dar-nos um beijo mais terno, enquanto procuram o maço de tabaco para acender um cigarro, com a respiração ainda ofegante e até um abraço, daqueles dos amantes. Pronto.
E agora fiquei com calor...

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O fenómeno stalker.

E quem diria que me ia acontecer a mim? Os homens são cada vez mais assustadores, é que o vos digo. É falta de amor próprio ou obcessão? Fica a pergunta.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Sem papas na língua diz: #3

"É uma nódoa na cama. A única coisa que o gajo fez bem foi tirar a roupa...a dele!"

Euzinha depois de me cruzar com um ex (ex-pseudo-namorado-nem-sei-bem-que-nome -he dar) e uma amiga ter, sem saber que ele era e longe de imaginar que ele ia parar para me comprimentar, largado em voz alta "Este é giro!"

Saiam-me da frente!

Ia ter a noite livre, já não vou. Vou trabalhar.
Ia ter a semana que vem de (merecidas) folgas, já não vou. (Venho trabalhar)
Ia ter um dia calmo, já não vou. (Estou a trabalhar)
Ia ter um fim-de-semana pachorrento, já não vou.
Ia beber uns copos hoje, já não vou. (ou vou, às escondidas. Mãe, não vejas a TVI)

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

E um dia chega o dia

E chega o dia em que ouves o barulho do trinco da porta a anunciar que a fechaste. E um dia o que era um drama passa a ser uma contrariedade esquecida. E um dia o que te derrubou no passado é alicerce firme para o futuro. E um dia as palavras que te gritaram dentro da cabeça já não chegam a murmúrios. E no dia em que ouves o trinco da porta a fechar sabes que nunca a voltarás a abrir. E um dia vai saber-te bem teres a certeza de que não queres ver o que restou do outro lado. E um dia vais dar por ti a recusar entrar, mesmo que te tenham feito o mais elaborado dos convites. E nesse dia soltas as amarras e respiras a plenos pulmões. E nesse dia, de peito cheio, dizes-lhe que não, outra vez, mais uma vez, definitivamente.

E por vezes

E por vezes as noites duram meses
E por vezes os meses Oceanos
E por vezes os braços que apertamos
Nunca mais são os mesmos
E por vezes encontramos de nós em poucos meses
O que a noite nos fez em muitos anos
E por vezes fingimos que lembramos
Ao tomarmos o gosto aos oceanos
Só o sarro das noites nos dão meses
Lá no fundo dos copos que tomamos
E por vezes sorrimos ou choramos
E num segundo se enrolam tantos anos
E encontramos de nós em poucos meses
O que a noite nos fez em muitos anos
(...)

David Mourão-Ferreira - cantado pelo José Cid, ontem.

Sem papas na língua diz: #2

"Estou cheia de pica e tomei um Xanax, imagina-me sem o ter tomado!"

Uma colega depois de uma hora aos pulos no concerto de José Cid, ontem no Hard Rock Café

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Não sejam acanhadinhos pá!

Então? Aposto que todos vocês têm uma história gira para contar. Não se acanhem, vá.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A magia do primeiro Amor

"O primeiro amor nunca se esquece". É mágico. A magia do primeiro amor deve-se à ausência de passado, ao facto de não sabermos que o amor pode acabar. É a doce inconsciência, o não ter ainda nenhuma cicatriz no coração. O nunca termos chorado por ninguém por amor, por rejeição, por desamor ou desilusão. O não sabermos que o Amor pode doer.
O meu primeiro amor chamava-se (chama-se que ainda um destes dias o vi) Pedro.
Eu tinha 15 anos, ele 21. Sempre gostei de rapazes mais velhos. Ele era alto, moreno, de olhos verdes e tinha o sorriso mais bonito que eu alguma vez vira. Era forte no abraço, terno no beijo. Oferecia-me flores, escrevia-me cartas.
Namorámos um ano e tal, o que para primeiro romance foi uma eternidade. Nenhum dos dois partiu o coração ao outro, apenas percebemos que era hora de cada um seguir o seu caminho. Pelo meio ficaram as recordações, as imagens dos passeios aos domingos à tarde, as fotos das noites com amigos. Ficou um ou outro postal escrito à mão e uma música. Há sempre uma música.
Vejo-o de tempos a tempos mas não passamos de um "olá". Mas depois há sempre um que dá um sorriso ao qual o outro corresponde, é inevitável. O facto de não haver nenhuma mágoa a guardar mantém um laço de simpatia, um sorriso pelos tempos em que o amor era doce, nós ingénuos, o mundo diferente aos nossos olhos.

E vocês? Como recordam o vosso primeiro AMOR?

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Sem papas na língua diz: #1

"Eu olho para ele e não me parece que ele seja uma boa foda"

A minha flatmate

E ontem foi assim...

Simplesmente BRUTAL! E o que eu gosto destes miúdos pah! A cerveja também estava boa, fresquinha.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Porque é que os romances do passado falharam? "Haven't met you yet"

Porque é que os outros amores falharam? O Bublé responde!
"I just havent't met you yet" é o que é.
Entretanto, a menina do vídeo, era namorada do Michael, deixou-o e anda aí a dizer mal dele...parece que o rapaz ficou de coração partido. Espero que não lhe afecte a voz. Love you Michael!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O Meu Pior Encontro - a rúbrica

A propósito disto, vamos lá então participar na rúbrica "O meu pior encontro" Não tem que ser apenas um encontro, pode ser uma história com dois ou três episódios, até vocês perceberem que era hora de dar à sola e tentar não deixar rasto. A rúbrica é para todos, meninas e meninos. Enviem o texto para o mail e eu publico as cinco histórias mais engraçadas. Bora lá pequenada. Têm uma semana!

sábado, 28 de novembro de 2009

Podia viver aqui, a sério que podia

Estou outra vez no Porto, desta vez apenas por três dias. Adoro o Porto, gosto das pessoas, das ruas (apesar de cinzentonas), da pronuncia, dos restaurantes (hoje fui experimentar o Paparrazi, na Foz) e da mais recente descoberta: os hotéis low cost design . Podia viver num sítio destes. É tudo muito xpto, plasma na parede, decoração fantástica e muito vanguardista. Quem perceber de construcção virá aqui dizer que os materiais são fracos e blá blá blá, mas eu rendo-me apenas às imagens visuais. Gosto. E agora vou ali para a minha camita gira, laranja e branca, que amanhã é dia de trabalhar das 09h00 até lá para as 22h30, sim? Não sem antes passar pelo bar catita e beber um chocolatinho quente :)

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Missing you already

O meu amigo do coração foi-se embora, mudou de vida, de país. Vi-o partir de lágrima no olho. Podia dizer que ele não imagina a falta que me faz, mas sim, ele sabe. É a mesma que lhe faço a ele. Desde miúda que ouço falar em almas gémeas, se elas existirem, se as houver, ele é a minha. Conheço-o desde que me conheço a mim, crescemos juntos. Jogámos á bola, saltámos aos elástico, ficámos com nódoas negras iguais a jogar ao mata e ia-me decapitando a saltar ao alho. Fizemos lanches na "cova dos dinossauros" (um buraco no pinhal), começámos a beber alcóol juntos. Os primeiros cigarros também foram com ele, as primeiras viagens sem adultos. É um irmão, apesar de não partilharmos o mesmo sangue.
Quando me disse que ia embora senti um rasgo no peito e confesso que fui egoísta ao ponto de o tentar dissuadir de ir com a ideia para a frente. Não lhe falei um ou dois dias. Não sabia o que lhe dizer. Na noite antes de ir embora estivemos juntos, com mais um dos metralhas de infância e a noite, depois de já ter sido regada a sopa de champanghe e imperiais no Bairro, acabou num abraço a três, seis olhos a tentar segurar as lágrimas. Caíram assim que viraste costas. Fazes-me falta.
Não precisamos de falar, basta-nos olhar um para o outro. Não precisamos de máscaras, somos completamente livres, nós, sem merdas, sem julgamentos, sem receios, em todas as conversas. Usamos uma linguagem nossa que mais ninguém usaria sem a levar a mal. Nada do que fazemos, e falo nos segredos mais podres, é desconhecido ao outro. Unha com carne, irmãos do coração, irmãos por opção. Amo-te e tenho muitas saudades tuas, apesar de falarmos quase todos os dias. Faz-me falta o abraço, o xoxo, a chamada tardia "foda-se estou aborrecida(o) de tar em casa, bora ao bairro?". As gargalhadas, as confissões difíceis. As noites de "lócura", o agir sem amarras, as horas em que falamos mal da vida, dos amores, dos desamores, o sermos o diário um do outro. Fazes-me falta Dinis.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

"Se eu quero uma foda?"

Há sempre coisas estranhas a acontecer-me. Bem, depois disto e disto, e disto aqui, e de mais uns quantos episódios, eis que hoje me deparo com um papel estranho na mala. A mala que estou a usar hoje tem uma bolsa aberta na parte de fora. Apareceu lá um cartão, rasgado de qualquer coisa, com um número de telefone. Não tem nome, tem apenas o número de telemóvel. Não faço ideia donde veio ou de quem é. Do outro lado do pedaço de cartão aparece escrito: Consumer services, PO BOX 83, Nottingham GN7 PR, UK, não ajuda muito.
Sempre pronta a alinhar nestas brincadeiras, uma colega de trabalho ofereceu-se para ser ela a ligar para o número. Ao chamar ouve-se a música de disco "You're so sexy" e depois de uns quatro toques atende um rapaz do outro lado (telefone no trabalho em alta-voz)

Estou?
Colega da Pipoca: Sim, quem fala?
É o João
Colega da Pipoca:O João de onde?
De Torres Novas
Colega da Pipoca: Ah, não conheço, desculpe, tinha aqui um número no telemóvel mas devo ter copiado mal
Mas quem fala daí?
Colega da Pipoca:É a x de Lisboa, não nos conhecemos foi engano
Mas queres que te mande uma foto?
Colega da Pipoca: Desculpe? Se eu quero o quê?
Que te mande uma foto
Colega da Pipoca: Se que quero que me mande uma foda?
Não, uma foto!
Colega da Pipoca: desligou à rasca e envergonhada.

Colega da Pipoca para a Pipoca que já estava a rebolar no chão a rir:"Fiquei logo de pé atrás com a música que ele tem no telemóvel..., percebi mal e depois tive que desligar porque ele deve ter pensado que eu era uma tarada".
Pipoca: Ele para ter deixado o número na minha mala sem eu ver não é melhor que tu...

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Tão fofinhas estas marias

Acabei de me queixar de fome. A minha editora perguntou-me se queria bolachas. Disse que sim. Para meu espanto, e perdoem-me as mães para quem esta minha adimração não deve ser novidade, deu-me uma embalagem de bolachas maria do Ruca. Bolachas maria do Ruca! As coisas que se inventam pah. Estou maravilhada. São iguais às outras, mas têm um Ruca de braços abertos estampado. Fofinhas.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Orgulho nos meus meninos


Cada vez que vos oiço/vejo sinto um orgulho imenso. Os anos passam e vocês continuam aí, a animar-me tantas noites com amigos, a fazerem-me viajar ao passado, a fazerem-me corar, rir, gargalhar.

Lembro-me perfeitamente da primeira actuação, foi no último dia de aulas, no liceu, há uns 11 anos? Nesse dia tocaram a Creep, uma das minhas músicas favoritas. E voltaram a tocá-la tantas outras vezes. Lembro-me que sempre que consegui ir ver-vos, assim que davapor mim começavam-se a ouvir os acordes. O Tó com aqueles olhos grandes a rir, como quem dizia "esta é para ti".

E os primeiros ensaios? Naquele pavilhão velho e bandonado perto da escola. Costumava ir com a minha amiga D passear lá por perto só para vos ouvir. Pela música e pela paixão platónica que tinha pelo Tó. Ainda nos rimos disso nos dias de hoje. A Pipoca, o Tó e a história da Laranja.

E cada actuação é uma festa! E fazem-se piadas! E recordam-se os amigos que já partiram. E dedicam-se músicas consoante o nome das aldeias de quem vos ouve. E contam-se segredos ao microfone.E tu Pinto, que tens uma forma tão peculiar de conquistar as pessoas, de puxar pelas vozes, pelas palmas.
Não consigo marcar presença tantas vezes como as que queria. Valem sempre a pena.

1000 actuações?

Adoro-vos. Vocês são fantásticos!
Se sábado não estiver completamente partida do jogo de futebol lá estarei.

(para os curiosos :www.thepeorth.com/)

:)



Where there's a will there's a way,
I know that's what they say.
But sometimes you win, but sometimes
wou lose,
it ain't always up to you.
So kill the clichés, stay drunk for days,
"Ace high" to play, you lose...
...may all your dreams pull through

Do unto those as you'd have
them unto you.
Is that just a quote in a book,
Stephen King or Herman Wouke?
So fix the big game. Falsify names.
Transfer the blame for you...
...may all your dreams pull through

Raze the windmills in your mind,
and leave your sanity behind.
'Cause once we compromise the quest,
we don't always do what's best.

So fumble the ball. Get sick in the hall.
Get caught sparying walls "fuck you"...
...may all your dreams pull through

Renderfly - Theme 4

terça-feira, 17 de novembro de 2009

As frases dos meus amigos são tão hilariantes como os homens com quem me tentam casar

Eu sei que não há príncipes encantados. Há um, caçou-o a puta da Cinderela e não me parece que sofram de crise matrimonial.
Sem namorado por opcção e feliz da vida por estar a viver para o meu próprio umbigo, volta e meia dou-me à graça de sair num date. Assim que chego a casa tenho a minha querida flatmate a perguntar: "Então? Como correu?". Também o resto dos amigos vão tentando, de uma maneira ou de outra, fazerem-me arranjinhos, apresentarem-me pessoas. Acho que o fazem porque nunca me viram sem namorado. Sempre que uma relação chegou ao fim comecei logo outra. Por um ou outro motivo, por coincidência, nunca tive o rótulo de "solteira" mais que um par de meses. Já estou cansada de lhes explicar que estou bem assim, que gosto da minha vida assim, que adoro o facto de não dever explicações a ninguém. De poder sair e beijar um homem qualquer e na noite seguinte beijar um diferente, com uma quantas vodkas em cima. Que acho graça a deixar um gajo qualquer dizer trezentas baboseiras na esperança de me levar para casa e no fim arrasá-lo numa só frase. Mas eles insistem.
O meu pai, que nunca se meteu na minha vida, um destes dias também decidiu juntar-se ao clã - Não queremos a Pipoca solteira. "Arranja lá um namorado, pah. E diverte-te. Tu nunca vais ser tão jovem e tão bonita como és hoje".
Tenho tido alguns encontros, mas acabo por usá-los mais para elaborar e dar consistência à minha teoria de que O MUNDO ESTÁ CHEIO DE CHANFRADOS e de que os homens se dividem em apenas 4 categorias (matéria para um futuro post), que para realmente conhecer alguém por quem me interesse. Eu deslumbrar-me por um homem é daqueles cenários que não se encontram muitas vezes. Não sou fácil de deslumbrar. É que mesmo quando acho uma certa graça a alguém não ando por aí a pensar muito nisso. Não gasto muita energia. Não fico a olhar para o telemóvel. Não me derreto pelos cantos. Não tenho muita paciência. E esforçar-me? Nem pensar. Sou adepta do lema: "Se dá muito trabalho é porque não vale a pena". Entretanto os meus amigos usam frases maravilhosas para me tentarem demover do meu estado single but fabulous. É que eu não sou sequer "encalhada" isso são as pessoas que têm namorados e maridos. Pelo contrário, sou uma mulher cheia de novas possibilidades. E as frases são:

"Ah é feinho mas no fundo é boa pessoa". "Ohh, ele exagera nos elogios porque te quer agradar". "Não percebo, parece o homem perfeito, devias dar-lhe mais uma hipótese". "Ele até usa bons ténis e veste-se bem". "Mas não é o que todas as mulheres querem? Um Homem romântico?". "Lá estás tu a fugir!". "Devias deixar alguém aproximar-se um bocadinho mais antes de dares corda aos sapatos". "Tão querido, como é que o criticas por isso?". "Outra vez a inventar desculpas para não ires a um segundo encontro?"

Um destes dias conto-vos algumas das peripécias dos meus dates para vocês perceberem do que fujo. É "cada tiro cada melro" e para aturar gente doida e desesperada mais vale ficar quietinha. Melhor, vou contar os meus piores dates e vocês contam-me os vossos. Bale? Vamos inaugurar aqui uma rúbrica, parece-vos bem?

É tempo de revelações

Bem, parece que me vou revelar (ah e tal ainda mais tá parva esta miúda). A convite da Pólo Norte, do blogue Quadripolaridades, ao qual respondo de forma tardia mas com carinho, cá vão mais 5 revelações sobre mim. Eu já tinha, há uns largos meses, também como resposta a um desafio, feito e publicado uma lista de "Eu Já" , e até uma de "Eu Nunca", que na altura me deu muito gozo fazer. O que me ri ao fazê-la e ao lembrar-me de algumas dessas situações. Este desafio é um bocadinho mais completo. Sim, não basta o pessoal andar por aí a gabar-se do que já fez.
a) Eu já... podia reformular e acrescentar a minha lista de EU JÁ. Entretanto acrescento aqui uma e bem recente: Eu já joguei à bola às cinco da manha e depois de uns bons copona na Av. 24 de Julho. (ainda tenho a canela negra)

b) Eu nunca... pensei voltar a fazer uma lista de EU NUNCA. Vou também acrescentar um nunca novo - Eu nunca deixaria de dar a mão a alguém, mesmo que a pessoa não merecesse. E eu nunca consegui perceber porque é que agora se mete coentros em tudo o que é comida.

c) Eu sei... exactamente que cordelinhos puxar se quiser seduzir alguém.

d) Eu quero... poder viver sem tirar extractos de saldo no multibanco.

e) Eu sonho... que estou a tomar o pequeno-almoço na Tiffany's com o Colin Farrell e a almoçar com o Rob Lowe, a jantar com o Santoro, mas depois acordo.

Quanto a passar o desafio a outros blogues, sabem que sou uma rebelde de trazer por casa, por isso estão todos desafiados.

PES - post final

O vencedor já foi devidamente avisado e receberá o jogo muito em breve. Não, não me prometeu uma viagem à lua, nem uma serenata à janela. E eu lá sou gaja para essas lamechices? 'Ah e tal és!". Sou? Bem, não vou colocar aqui o nome do vencedor porque isto não é um concurso de misses, ele se quiser que se acuse, ou não. Para o ano há mais.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Arcos de Valdevez

E enquanto os senhores profissionais trabalham a inventar cenários, consegue-se forografar uma lua assim, falsa, mas bonita.


Paço da Horta


Arcos de Valdevez





Tasca do Delfim


Magusto


Abafado


E cantares à desgarrada no restaurante A Floresta. Obrigada Sr. Júlio


As outras fotos, as memórias e Ponte de Lima ficam para mim, sim?

terça-feira, 10 de novembro de 2009

...

Vou, é tempo. Acordei com esta música na cabeça e acho até que sonhei contigo. Não me lembro de pormenores, sou despistada desde sempre e em quase tudo.
Cantavas tão mal tu! Insistias em gritar uma música a plenos pulmões. A que escolheste para nós. É meio pirosa. Eu ria-me, achava-te tonto. Passavas a vida a raptar-me, deixavas os meus amigos preocupados uma vez que eu era de longe. Com isso conheci aqueles lugares todos, os caminhos, as estradas, as praias fluviais, as pracetas, a ponte de lima vista por baixo. Saí de lá com lama até aos joelhos, irritada, tu rias-te de mim, desdramatizavas tudo. E tinha que me rir, não te conseguia resisitir.
Sim, vou voltar aos mesmo sítios, onde estive contigo. E vou àquele bar, onde nos conhecemos, onde me arrancaste a primeira gragalhada.
As malas estão feitas,o mp3 está limpo de passado, guardei apenas a música, a música.

Era tão bom, não era?

A esta hora já não estar atolada de trabalho? E já estar em casinha, não era bom? E não ter que chegar, fazer as malas à pressa para as 08h00 estar de viagem? E ela não ser de dias? E ter tempo para escrever alguma coisa de jeito (cof cof) aqui? Ah pois era. E o destino da viagem? Não era bom que pudesse ser outro qualquer que não onde vivi isto? Era, mas não tinha tanta graça. Fuck.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Wishlist - Porque vem aí o Natal e eu vou ficar horrores de velha

Quem me conhece sabe que não gosto do Natal, nem de fazer anos. E faço anos quase em cima do Natal. Já ando meio depré só de me lembrar que vão começar as musiquinhas e luzinhas e filas por todo o lado. E vou envelhecer. Querem ver-me feliz? Cá vai a wishlist

Quero este casaquinho da Diesel



E ir ver os Air a 16 de Janeiro para matar saudades



E estas botinhas da Cucci



E este rapaz para ter lá por casa



Esta maravilha para cantarolar



E o primeiríssimo DVD dos Kings of Leon



E este livrinho também me fazia feliz

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Blogue com cabeçalho catita! Haja mulheres pá

Claro que não fui eu que o fiz, sou uma azelha nestas coisas. Enquanto uns e outros (com carinho) deram sugestões, houve uma menina que pensou, excutou e ofereceu prontinho a usar, esta imagem à Pipoca. Haja mulheres pá! E gosto tanto..está tão giro!

E eu que achava que ia hibernar, como uma ursa, no fim-de-semana

Não. Vou trabalhar. Outra vez. Diz que sim, que fico f#dida.

Um dia destes aprendo a fazer isto...

Momento de humor negro, ou não

Recebi um mail no trabalho que diz: "Seguem novas imagens de Michael Jackson, para publicação". Novas? Hum.. Tenho medo de abrir.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Queridos, mudei o layout

Estava farta de do fundo a cor-de-rosa. Pronto. E como não sei fazer aquelas coisas catitas com fotos e afins, ficamos assim. Keep it simple, right?

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Porque há mesmo pessoas fantásticas

No mundo, ao virar de uma esquina, no metro, na sala ao lado. Aqui. Ali. As vidas cruzam-se, entrelaçam-se, fisicamente, virtualmente. E porque todos passamos por episódios parecidos, e porque há situações em que a história inevitavelmente se repete, mudando apenas os protagonistas. Porque me tocou no coração. Porque escreve de uma maneira à qual é impossível ficar indiferente. Porque me conhece sem me conhecer. Acima de tudo, pela surpresa, pelo carinho e por me ter deixado sem palavras. Pela honra. Obrigada Pólo Norte. Façam-lhe uma visita, ela merece e sabe bem do que bloga.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Eu confesso - é egoísmo

Nunca lidei bem com idas ao hospital. Não gosto de ir ver as pessoas que gosto amarragas à cama a lutar por uma vida que já não é digna de um ser humano. Não gosto de ver um familiar entubado. Não gosto de olhos vazios. Não gosto de luvas nem máscaras nem batas e toucas. Nem do barulho do esforço na luta por respirar.
Se por um milagre ele me reconhecesse tal como sou, nunca lá chegaria ao ver-me transformada num ser prestes a ser mandado para uma sonda espacial. Estive lá 5 minutos.
Muitas vezes chateiam-me porque pareço começar desprender-me das pessoas assim que me apercebo de que elas vão morrer. É verdade. Faço-o. Não lido bem com a morte, tento começar a amorná-la para ela não me apanhar a quente. É egoísmo. Eu sei. É.
Já lidei com ela demasiadas vezes para a deixar apanhar-me ainda perto.
Depois as pessoas morrem e eu viro carrasca de mim mesma. "Devia ter estado lá mais tempo, mesmo sabendo que ele não me reconhece, está ali por estar. Devia ter-me despedido. Mesmo sabendo que o cérebro dele não reconhece o significado de palavra alguma, devia ter-lhe dito que gosto dele".
Mas sei que caso decidas partir, partes com essa certeza e que percebes porque o faço. Já agora, tenho que te contar avô, fui eu que estraguei as tuas ferramentas no sótão a tentar afiá-las. Gostava de ver as faíscas que faziam quando as encostava àquela pedra esquesita que andava à velocidade, já furiosa, do meu bracito de 8 anos a dar à manivela. Pronto, era isto.

Freak

Porque sou um carrocel desgovernado. Um novelo. E esta música, a par com outras que volta e meia meto a gritarem-me aos ouvidos, está-me entranhada há anos. Porque nem sempre consigo ser tão cool como tu.

domingo, 1 de novembro de 2009

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Vá, eles merecem!!!

Os Xutos & Pontapéus estão nomeados para Melhor Artista Europeu nos MTV Europe Music Awards 2009. Vão ao site e votem neles!!Eu já votei!
http://ema.mtv.pt/vota

PES2010 - o concurso está a acabar...

A propósito disto, e como já estou meio baralhada (porra que ninguém ofereceu dinheiro, era um leilão mas vá estamos em crise e eu sou uma porreira). De forma a poder decidir o vencedor(a) e para não andar aqui com a vida em praça pública,...PROPOSTAS, VALORES, PROMESSAS E ESSAS COISAS TODAS PARA O MAIL AQUI DO PASQUIM. Até para depois avisar o vencedor. E tu, que farias pelo PES2010? Fico à espera...é que já não sei bem quem deu o quê...última chamada.

Há lugares que são como a chuva miudinha, não molham mas incomodam

Há muitos locais, que por uma ou outra razão, que por causa de uma ou outra pessoa me recuso a ir. Não vou à Ericeira, não vou à Praia Grande, não vou a Viana Do Castelo, muito menos a Ponte de Lima. Há lugares que gostava de não voltar a pisar, queria deixá-los assim, imaculados, as memórias que tenho deles. Há porém, outros, que me viram chorar, esses queria mesmo arrancá-los do mapa. Evito-os, tenho conseguido. Amanhã tenho que ir, em trabalho, passar um dia inteiro a um desses locais - A Quinta das Lágrimas, em Coimbra. Vou, mas vou contrariada. Aqueles caminhos e jardins fazem jus ao nome da quinta. Mas vá, se tem que ser, tem que ser. Engraçado é vir a chefia ter comigo a passar-me o trabalho achando que me iam dar um bombom recheado, se o for o recheio deve saber-me a fel. Para me distraír do peso dos jardins da maldita quinta vou depois ver se o Basófias ainda existe, atracado no Mondego, e beber um copo ao Café com Arte, se ele ainda existir...

"Cara de um cú do outro"....

Eu e o meu irmão não temos uma única parecença. Nem traços físicos nem de personalidade. Nem objectivos, gostos, sonhos. Nada. Temos em comum o sangue que nos corre nas veias. Há anos que se vou a algum lado com ele as pessoas acham que somos namorados, que é impossível sermos irmãos. Os amigos dele acham que sou o novo engate dele. Ele tem o cabelo muito preto, eu tenho-o muito loiro. Ele tem os olhos num castanho muito escuro, os meus são verdes com uns riscos azul/cinza. Ele tem lábios carnudos (cabrão saiu à mãe) e eu uso gloss para fazer esse efeito. Ele tem pele muito morena, eu sou branquela de sardas. Ele é muito alto, eu fiquei pelo 1.71m. É como vos digo, "cara de um cú do outro".
Ele nunca se comportou comigo como um irmão mais velho, nunca se meteu na minha vida. Patrocinou-me algumas bebedeiras e ensinou-me a fumar. Lembro-me bem desse dia. Roubámos cigarros ao pai, que entretanto já não fuma, para dar o exemplo aos filhos, ambos fumadores, e fomos para o fundo do quintal. Entre caretas e tosses lá aprendi. Vim zonza quintal acima porque a minha mãe nos começou a chamar em tom ameaçador. Por certo tínhamos feito alguma traquinice antes.
Quando começamos a ter idade para as saídas à noite e namoricos deixámos de sair juntos. Amigos diferentes, gostos diferentes, mantinha-se o nada em comum para além do sangue. Muitas vezes deu o meu número de telemóvel a gajos em troca de duas minis. Um palerma. Em casa andávamos sempre à pancada, era a única brincadeira comum. Eu passava a vida a jogar à bola e ela a desmontar aparelhos eléctricos. Nunca deu um pontapé numa bola, o gajo. Agora partilhamos o gosto pelo snooker e pelos matraquilhos.
O meu irmão é um tipo frio, não dá beijinhos a ninguém e nunca o vi a abraçar um ser humano. Não é que ele não sinta, apenas não gosta de o mostrar.
Na última vez que veio a Portugal veio diferente. Sorriso rasgado, a falar de amor e almas gémeas. Tonto. Apaixonado. Pela primeira vez perguntou-se como é que eu estava, se já tinha superado a separação, se saia com alguém, se fazia sexo com alguém. "Porque um dia vai aparecer alguém te te obriga a esqueceres isso tudo, alguém que vai entrar na tua vida e mudar tudo, olha para mim". Tentei acreditar, afinal ele estava assim, feliz, sentia-se completo.
Nesses dias em que cá esteve fomos beber café duas ou três vezes e claro, jogar snooker. Vínhamos para casa, numa das vezes, e ligou-lhe um gajo qualquer, que depois me explicou que também vive em Paris e que lá são vizinhos. Como estava a conduzir colocou em alta voz:
Mano - Então pá, estás bom? Também andas por cá?
Gajo qualquer - sim sim. Ouve lá! Quem é a princesa?
Mano - Qual princesa?
Gajo - A que levas aí no carro.
Mano - É a minha irmã.
Gajo - sim sim, deve ser irmã deve...
Mano - É a minha irmã não sejas cromo. Diz lá o que queres...
(...)
Dias depois o meu irmão voltou para Paris, apaixonado. Dias depois a minha mãe ligou-me, num pranto.
"O teu irmão está mal, a namorada deixou-o. Esteve a chorar ao telefone e tudo. Parece que um tipo foi dizer à namorada dele que ele tinha andado com uma loira dentro do carro nos dias em que cá esteve, quando o avô morreu. Ele tentou explicar que era a irmã mas ela não quis saber".
Bem, na minha opinião, se a namorada não acreditou que eu fosse a irmã é porque já o queria deixar por outro qualquer motivo. É verdade que não somos parecidos, mas daí a ela deixá-lo insistindo que eu seria uma "outra" qualquer parece-me exagero.
O mano chega amanhã a Portugal. Bora lá beber minis para esquecer o desgosto dele, e os meus problemas e essas merdas. Bora lá mano, que a vida são dois dias.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

*#@+&?22#!

Quem és tu miúda?

Recebi um email, no endereço profissional, com o link para esta música. Não conheço o remetente, não escreveu uma linha, nada. Apenas me deixou esta música. Gira, a música.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

domingo, 25 de outubro de 2009

...

Somos apenas encontros e desencontros. Olhares e sorrisos. Memórias de
outros tempos. Um lugar vazio. Uma viagem adiada. Uma espera que
terminou sem encontro. Uma troca que não foi feita. Uma ilusão que se
esfumou entre os carris da estação ruidosa. Uma lágrima que escapou
perante o que poderia ter sido. Um retrocesso entre os passos dos
transeuntes. Uma página cheia de palavras soltas que nunca se uniram.
Um texto sem pontuação.

Lido com emoção e "roubado" com respeito daqui.
E fica o pedido de desculpas por me ter esquecido de colocar os devidos créditos à autora Misunderstood, distracção infeliz a minha. Já agora convido-vos a visitá-la. Este era dos muitos únicos dois blogues que lia até criar o Dos Saltos Altos. O post é antigo mas intemporal.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Ninho

Um destes dias um conhecido perguntou-me se o meu ninho era acolhedor. Não lhe soube responder, nunca tinha pensado nisso.
Saí de casa dos meus pais com 17 anos. Vim para Lisboa estudar e trabalhar. Fui viver sozinha, numa casa só para mim durante um ano. Nunca gostei daquela casa, nunca lhe chamei lar. Sempre que podia, e eram muitas as vezes contando que do meu curso era a única caloira de fora de Lisboa, enchia a casa de gente. Caloiros, veteranos, pessoal do trabalho. Começou a ser a casa de encontro de amigos, mas quando lá estava sozinha, e não sou nada de solidões, nunca olhei para as paredes como minhas, nunca me identifiquei com elas. Os restantes anos de faculdade foram passados a partilhar casa, nunca foram um lar. Anos depois fui viver com um namorado. Entre várias casas alugadas nenhuma deles me fez sentir que ali pertencia. Depois comprei casa, tive um ninho. Foi o escolher, o mobilar, o decorar, o ter as ideias, o dar aquele toque absolutamente pessoal. O que eu adoro aquela casa. Tudo tinha um sentido, era ali que me via por muitos anos. As paredes virgens de memórias começaram a guardar segredos e sonhos. Projectos e histórias, a manter calor, a guardar imagens e segredos. Sussurros. A albergar familiares uma vez ou outra. Teve um jantar de Natal com a família toda. Fazia sentido. Tinha pormenor, traços de personalidade de duas pessoas. Tinha um propósito. Podia ter tido crianças a correr de um lado para o outro. Podia ter tido um escritório transformado numa outra coisa qualquer. Tinha recordações de viagens pelas paredes. Fazia sentido. Foi um ninho. Talvez tenha sido um lar.
Tal como os passarocos, quando têm por sobrevivência que aprender a voar, caí do ninho.
Agora, não acho que tenha um ninho, um lar. O meu quarto na casa dos meus pais, onde só vou de duas em duas ou três em três semanas, também já não é o meu. Passou a ter uma mobília de casal, demasiado adulta. Já não tem a escrevaninha, nem aquelas prateleiras que exibiam as minhas taças e troféus do futebol e do atletismo. Já não tem as minhas tralhas, foram encaixotadas. Já não têm uma colcha divertida, tem uma enfadonha em tons pastel, tem tapetes às riscas, tem uns creme que a minha mãe faz questão de não me deixar pisar calçada. Já não tem junto à janela uma escada de ferro que ligava ao sótão. Já não posso fugir pela janela a meio da noite para me sentar lá a fumar um cigarro e a olhar para as estrelas. A ouvir os grilos e as cigarras, os sapos, os gatos, os cães. Mudaram-me de quarto também. Pronto. Não tenho ninho.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Fiquem atentos ao árbrito...

No one knows

Tenho um fetiche com esta música. Arrepia-me a espinha, eriça-me os cabelos. Gosto.
Peço entretanto desculpa às bandas de covers que tocam por aí pelas vezes que pedinchei para as tocarem para mim. "Ah mas ainda é muito cedo para essa e tal", mas para me calarem lá tocam.
Entretanto...já reparam que é o menino da bateria, certo? Sim, é feio, parece um macaco, mas tem uma pinta do caraças...das que dão "picos no pipi". Pronto, já disse!
E a letra? F#da-se, mesmo brutal! (Sim, hoje estou de língua solta)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Foi há um ano



imagem roubada à descarada daqui.

Este bloguesito fez ontem um ano. Tem sido uma experiência muito engraçada. Não sei se, para a média, tem muitos ou poucos seguidores, não sei se o número de visitantes é elevado ou não. Não me interessam esses números.
Pari este blogue numa altura muito frágil da minha vida, numa altura em que não sabia lidar com tudo o que estava a acontecer. Depois achei que não fazia sentido mantê-lo, tal como fazíamos com os tamagochis, (nem sei se é assim que se escreve), apeteceu-me "matá-lo". Mas já tinha entrelaçado raízes com outros blogues, já tinha primos, irmãos. Já tinha até algumas caras, sorrisos, mails longos na caixa do correio. Cá continuo.
Entretanto aproveito para deixar aqui um recadinho. Um blogue não é um diário! Por isso, cromos, troles, sonsos que aqui vêm, de forma silênciosa, sem que tenha sido eu a convidar-vos para cá virem, troles que acham que isto é um diário a depois andam a fazer comentários sobre a minha vida sem saberem do que falam, sim vocês, incluindo os que fizeram questão de dar o endereço a pessoas que já nem fazem parte da minha vida, como ex e afins, considerem-se non gratos nestas bandas, ok? E como diz uma amiga minha: fodai-vos.
Entretanto, todos os restantes, sintam-se em casa, gosto de vos ter por cá.

Se eu fosse um livro?

Segundo este site daRádio Comercial seria este. E vocês?

Só para os rapazes, ou talvez não

Aquela cena, (estou aqui a gozar mas até lhe dou bem), do PES 2010 é lançado dia 22. Parece que sim, que no fim do lançamento cada um dos presentes tem um de borla. O meu fica a leilão. Quem dá mais?

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Me encantas...

Madrid! Vamos ser felizes juntas por três dias? Vamos? Beber copos na Cheuca? Vamos ao Chicote? E às Portas do Sol? Vamos então, enquanto tentamos descolar os caramelos dos dentes.
Até já...

Por aí, por aqui



Ando em fragmentos por aí. Dei um saltinho aqui e outro aqui. Dêem lá um saltinho também. Tanto a ideia do Pedro como da Lua são muito boas. Podem escrever o que quiserem, fugir ao que habitualmente escreveriam no vosso próprio blogue, dar asas à imaginação, dizer o que já(não) se sente, ou sente. Ter um devaneio.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

A minha noite "revelação"

Sabem aquelas noites inquietas? Aquelas em que vos apetece ficar sozinhos, a pensar na vida,a tentar arranjar uma solução para outra qualquer inquietude? Aquelas, sim aquelas, em que os cigarros não são pensativos, noites perdidas a pensar e que acabam sem que possamos chegar a uma conclusão, tomar uma decisão? Pois, toda a vida tive noites dessas. Até ao dia...
Durante as últimas férias, aquelas em que fiz o cruzeiro, tive uma noite revelação (que merda de nome). Uma noite que me mudou a vida, a noite em que mudei de vida. A noite do fuck it, uma noite em que olhei para dentro de mim e me vi, realmente, lá no fundo, atolada em merdas que não interessam a ninguém. Presa com estacas do passado, do presente, por regras e amarras sem sentido.
Estavam 31 graus em alto mar, à 01h00 da manhã e decidi ir para a proa, de margarita na mão, maço de tabaco na outra. O vento batia-me com força na cara sem conseguir levar o calor. Num instante desatou a chover e o céu começou a piscar. Negro, rosa-choque, negro. Rosa, negro outra vez. Os relâmpagos sucediam-se, atropelavam-se com a pressa de rasgar o céu e na minha cabeça começavam a suceder-se mudanças. Olhei-me para dentro.
Fumei mais um cigarro, agora abrigada da chuva mas sem conseguir abandonar a proa, apenas recuei uns metros. Olhei-me para dentro outra vez. Sai da proa horas depois com uma cabeça nova. Uma cabeça sem merdas. Uma cabeça sem preconceito nenhum, uma cabeça prática. O que decidi? O que mudou?
Decidi que ia sair da minha bolha de protecção, que ia viajar sozinha, que ia conhecer pessoas novas só porque sim, que ia a um bar de jazz assim que regressasse a Lisboa, que ia dar-me. Que ia aprender a dançar tango. Que ia quebrar as regras. Que ia agarrar todas as gargalhadas que pudesse.
Voltei para dentro do barco. Dancei o twist com um velhote de 70 anos, kizomba com um puto de 15. Fiz brindes à vida com uma espanhola de 52 anos que trabalha na ONU e que me contou a vida toda. Andei a correr descalça a fugir de um segurança peruano pelo navio, de corredor em corredor, à procura do Deck 5 ímpar para ir beber cerveja de lata (acto rebelde e ilegal pois claro, nem sei como conseguiram trazer a cerveja para dentro do barco) com os crupiers do casino (por sorte não fui apanhada e eles não foram despedidos). Não contive as gargalhadas e gozei com a cara do segurança que não percebeu uma única palavra do que eu disse, quando me apanhou e me perguntou se estava perdida e o que fazia descalça àquela hora. Escondidos bebemos as cervejas, rimos, dançámos, falámos da vida. Um bando de estranhos a pisar a linha, a rir, a traçar planos, a partilhar histórias.
De volta a Lisboa mantive firme as decisões que tinha tomado, continua a ligação a essas pessoas, as novas pessoas, mantêm-se as decisões, mantém-se a cabeça vazia de merdas.
Continuam os e-mails, as piadas, os encontros relâmpago para comer pastéis de nata em Lisboa a cada vez que o barco atraca. A promessa do encontro com todos em Buenos Aires daqui a dois anos. (Pablo, é o tempo que tens para aprender a dançar o tango, é uma vergonha seres argentino e não o saberes dançar).
Tomei decisões para o futuro. Arranquei vírgulas e meti pontos finais. Coloquei-me prazos. Arrumei-me. Apaguei números de telefone, apaguei pessoas. Deixei-me de fretes, agora não sorrio a ninguém para parecer simpática, não deixo de dizer nada só para não magoar egos. Comecei a falar com pessoas que não conheço de parte nenhuma, a olhá-las nos olhos. Fui a um jantar de estranhos e conheci pessoas maravilhosas (sim, pessoal da rambóia, vocês que estão a ler contenham as lágrimas, sim?). Depois daquela noite voltei a ser eu, a que se tinha perdido há uns anos e agora se reencontrou. Tive uma noite "revelação", eu que pensava que isso só acontecia aos outros, ou em filmes.

Bem, já devem ter reparado que acabei por juntar dois posts num. Isso porque tinha prometido um "Momentos a bordo", bem cá vão fotos e tudo e tudo com legendinhas e essas fôfuras. (Não, a minha mãe não lê o meu blogue)

A foto deste episódio.


A Gravata do Pablo. Pronto, eu explico. Acho que ficava melhor na minha perna que no pescoço dele e como ele partilhava a mesma opinião...


Outra noite, a mesma gravata...Virou moda.


:)
A vista (de dia) do fim do deck 5


E vocês? Que gostavam de mudar na vossa vida?

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Da rambóia...


Eu nunca mais jogo ao "Eu nunca" e nunca mais uso um documento importante para brincadeiras de alcóol. A cada "Eu Nunca..." dito era mais um copo, um embaraçoso copo. Bebi algumas vezes sozinha, não bebi uma vez ou outra. Nunca tinha jogado a isto, talvez porque se perde um pouco ali, na mesa, entre o alcóol e as risadas, um pouco de dignidade...ou não. Pessoal, é para repetir quando?

Dos saltos altos
Mais um brinde...

E é bom ter noites assim... se bem que a idade já me esfrega na cara, logo no dia seguinte, que já não tenho idade para duas noitadas seguidas.
Dexter, Rosa Cueca, Luís, Miss Complicações, vocês são fantásticos.
Os mais cuscos podem ler o relato (porque eu não o faria melhor) do fim-de-semana completo aqui, pela Miss.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

E mais nada...

"Amar é cansar-se de estar só: é uma covardia portanto, e uma traição a nós próprios (importa soberanamente que não amemos)".
Fernando Pessoa

É isto mesmo...

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

"Pipoca das arábias"



Ainda não acredito que deixei que me metessem aquele lenço (que desconfio não era lavado há um mês) na cabeça e na cara. Mas vá, em Marrocos sê marroquina.

Faltam só umas horitas

para ir para a Ala Magna ver a Holly Throsby. Gosto dela, é crua mas com mel na voz

terça-feira, 6 de outubro de 2009

sem título



Não quero dizer nada que não queiras ouvir
Hoje apetece-me brindar-te com um rasgo inútil de boa vontade
Hoje apetece-me fingir que sinto o mesmo entusiasmo que tu num primeiro jantar a dois
Ah, apetece-me também fingir que tenho vontade de partilhar momentos a dois
E de ouvir lamechices, elogios e ainda fingir-me interessada no teu passado
Sim, vou deixar-te dançar comigo enquanto damos travos de vinho tinto
Todo este cenário porque hoje apetece-me sentir humana ao ponto de acreditar
Amanhã vou querer estar sozinha

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Não mudava uma linha

A Lua Escondida tem um blogue fantástico. Um blogue cheio de vontades, de emoções, de sentir, de não sentir, da Lua e de outros a quem ela oferece um espacinho na sua "casa". Hoje voltei a encontrar-me por lá. Vão fazer-lhe uma visitinha, vá, estão à espera de quê?